Ex-líder social-democrata e presidente da Câmara de Gaia considera que “tanta austeridade em tão curto espaço de tempo é política errada”. Luís Filipe Menezes acusa Sócrates de impor medidas “sob receita do FMI” e de “distorcer propostas do PSD”.
Luís Filipe Menezes, defendeu que José Sócrates é um braço do Fundo Monetário Internacional, ao impor “medidas de austeridade”, ao mesmo tempo que recorre ao Banco Central Europeu, com pedidos de ajuda “permanentes à economia portuguesa”.
O presidente da Câmara de Gaia considera que o “FMI está em Portugal, pela mão de Sócrates” e diz que o primeiro-ministro demissionário está a adotar “políticas erradas”, ao seguir uma “austeridade radical”.
Para Luís Filipe Menezes, o equilíbrio das contas públicas faz-se de modo progressivo, uma vez que “medidas radicais e bruscas levam à recessão”, com prejuízos adicionais para a economia.
Filipe Menezes, que visitava uma instituição em Vila Nova de Gaia, acusou ainda o primeiro-ministro demissionário de “distorcer a realidade”, adulterando propostas que “Passos Coelho nunca fez”.
Referindo-se ao alegado aumento de IVA – abordado pelo líder do PSD, como medida excecional para o caso de necessitar de financiamento urgente, se for eleito primeiro-ministro – Menezes acusa o PS de “esquecer o presente e o futuro”, centrando o discurso num futuro que não pode ser julgado.
“A questão do aumento de IVA nunca foi posta nos termos em que o primeiro-ministro a critica. Pedro Passos Coelho nunca disse que iria subir esse imposto. Disse que, dependentemente do descalabro que pudesse encontrar, nunca iria colocar sobre os ombros dos portugueses mais sacrifícios”, lembrou.