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Meio ano de TDT: balanço “positivo” da Anacom levanta dúvidas à Deco e às autarquias

tdtHá meio ano que a TDT é o único sinal disponível. Disponível? A Deco e as autarquias queixam-se da falta de qualidade do sinal, ao contrário do regulador: para a Anacom, o balanço deste primeiro semestre é “francamente positivo”, mesmo confirmando a existência de 8000 queixas.

Desde 26 de abril que o único sinal emitido em Portugal é o de televisão digital terrestre (TDT). Meio ano após o fim da emissão analógica, mais de três milhões de portugueses foram obrigados a comprar equipamento para aceder à nova tecnologia, que oferece a mesma quantidade – quatro canais – num espetro maior.

Na altura de realizar um balanço ao primeiro semestre de exclusividade da TDT, as opiniões diferem. Os responsáveis apontam o cenário positivo, os utilizadores registam o lado negativo.

Entre os críticos, a principal voz é a das autarquias, a quem os populares recorrem a pedir soluções. “As pessoas foram suportando os custos, adaptando-se aos novos sitemas e há zonas em que, mesmo com o aparelho, o problema persiste”, garante o presidente de Associação Nacional de Municípios, Fernando Ruas.

A associação de defesa do consumidor Deco acrescenta que já recebeu quase 2000 reclamações, na maioria a protestar contra a fraca qualidade do sinal. AnaTapadinhas, que coordena o acompanhamento da TDT na Deco, repete os avisos de Fernando Ruas, salientando que as queixas englobam vários “abaixo-assinados da população e liderados pelas juntas de freguesia”.

Este cenário é desdramatizado pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), que tutelou a migração da tecnologia analógica para o digital, num processo executado pela operadora Portugal Telecom. Apesar das cerca de 8000 reclamações recebidas, o regulador traça um “balanço francamente positivo” e assegura que “o processo decorreu sem perturbações”.

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