Megaupload: Dados dos utilizadores vão ser preservados

Em causa está uma ação da empresa de ‘hosting’ que detém os cerca de 1100 servidores que eram utilizados pelo serviço de partilha de ficheiros. Juiz norte-americano pede que dados não sejam apagados para já e deseja que se chegue a um consenso.

Os dados dos milhares de utilizadores do Megaupload não vão ser apagados, e podem nunca vir a ser. Esta informação surge na sequência de um género de desejo que um juiz norte-americano que acompanha o processo faz, solicitando a todas as partes envolvidas que se chegue a um entendimento.

Tudo isto surge depois da Carpathia, uma empresa de ‘hosting’ que prestava serviços ao Megaupload, e que disponibilizava cerca de 1100 servidores para esta plataforma, avançar com um pedido nos tribunais para tentar perceber o que fazer, agora que o processo contra Kim Schmidt está em andamento.

Segundo esta companhia, os prejuízos em ter as centenas de servidores parados são de mais de 35 mil euros por mês.

Os responsáveis da Carpathia afirmam que não têm qualquer interesse nos conteúdos, querem apenas alguém que ajude nas despesas que têm atualmente.

Entre todas as empresas e todas as equipas de advogados envolvidas, o juiz norte-americano pede que se chegue a um entendimento daqui a duas semanas.

Kim Schimtz, criador e um dos líderes do Megaupload, foi detido pelo FBI a 20 de janeiro passado, juntamente com mais seis pessoas na Nova Zelândia, e é agora acusado de violação de direitos de autor e enriquecimento ilícito. Só em 2010, estima-se que ‘Dotcom’ tenha metido ao bolso qualquer coisa como 42 milhões de dólares. Imagens encontradas na Internet mostram mesmo o programador informático a bordo de aviões particulares, entre outros luxos. Desde 2005, ano em que o Megaupload foi lançado, estima-se que Kim tenha lucrado cerca de 175 milhões de euros com o site.

De relembrar também que Kim Schmitz foi libertado no passado dia 22 de fevereiro, após o juiz não ter colocado em causa a hipótese do criador do Megaupload vir a fugir do país. Desde o início de abril, o programador informático está também autorizado a aceder à Internet. Saiba mais aqui.