O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, repudiou o vandalismo da estátua do padre António Vieira, no Largo Trindade Coelho, no Bairro Alto.
No monumento foi escrita, com tinta vermelha, ontem, a palavra “descoloniza”, para além de manchas em vermelho.
“É vandalismo ignorante, porque se há figura que espelha, muito fora dos ares do seu tempo, uma dimensão humanista e de tolerância, num tempo em que isso não era de todo regra com os índios, é precisamente o padre António Vieira, que é uma figura maior do nosso pensamento e da nossa história”, defendeu o autarca, em declarações à Renascença.
O vandalismo da estátua ocorreu num contexto de algumas ações contra o racismo, em solidariedade com o momento de grande contestação social que se vive nos EUA.
Fernando Medina admitiu que “pode haver até bastante mais debate” sobre outras figuras, quer sobre racismo, quer sobre colonialismo, mas contestou a escolha de um monumento que homenageia o padre António Vieira.
Isto porque “o padre António Vieira está muito documentado, muito consolidado, muito entendido para quem conhecer”, finalizou o edil lisboeta.
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