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Médico Fernando Nobre contra obrigatoriedade de máscara na rua

O médico Fernando Nobre, que em 2010 concorreu à Presidência da República, manifestou estar contra a obrigatoriedade de máscara na rua.

O ex-deputado do PSD, que renunciou ao mandato ao fim de um mês depois de não ter sido eleito presidente do Parlamento, sustentou que se sente “coagido” em direitos e liberdades fundamentais.

“Sinto-me coagido nas minhas liberdades, direitos e garantias que são indeclináveis e que não podem estar sujeitas a interpretações porque isso pode-se tornar perigoso. Daí eu apelar para que os senhores deputados, que o senhor Presidente da República (que é constitucionalista e jurista) e que o Tribunal Constitucional, por favor zelem pelos direitos, liberdades e garantias de todos os cidadãos portugueses”, afirmou Fernando Nobre, em declarações à Lusa.

De acordo com o ex-candidato presidencial, obrigar “qualquer um a usar a máscara de forma indiscriminada seja em que espaço público for” coloca em causa um conjunto de direitos, liberdades e garantias consagrados pela Constituição da República Portuguesa.

De acordo com o médico, também presidente e fundador da Assistência Médica Internacional, deve prevalecer o bom senso individual quanto ao uso de máscara em espaço público.

“Se o paredão estiver cheíssimo e eu souber que provavelmente antes de mim passou alguém a espirrar e a tossir, eu vou guardar distância, não me vou juntar”, exemplificou.

Fernando Nobre salientou ainda a dificuldade na “fiscalização” do cumprimento da lei, caso esta venha a ser aprovada, e sustentou que “não há nenhuma prova científica que comprove” que o uso obrigatório da máscara ao ar livre “tenha algum impacto na transmissão de qualquer infeção viral”.

As declarações de Fernando Nobre foram proferidas a título pessoal, como o próprio fez questão de frisar.

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