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Medicamentos: Ruturas de stock resultam do baixo preço dos fármacos

Infarmed denuncia aumento de ruturas de stock de medicamentos, em 2011. Desde o início do ano, já foram emitidos 200 alertas de falhas de fármacos (mais do que o total de 2010), a uma média de duas quebras em cada três dias. Laboratórios alegam que há medicamentos “sem viabilidade económica” e só admitem voltar a produzi-los se o preço for aumentado.

O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos Farmacêuticos regista cada vez mais casos de ruturas de stock, de tal forma que os números de 2010 foram ultrapassados, em menos de cinco meses de 2011.

O recente caso da falha do Parkadina, prescrito para o tratamento da doença de Parkinson, deu destaque a esta questão. O Laboratório Basi, titular de Autorização de Introdução no Mercado do fármaco, comunicou ao Infarmed, no dia 18 de abril, que “a partir dessa data o referido medicamento entraria em rutura de stock, sem previsibilidade da sua reposição.

O Laboratório Basi justifica que aquele medicamento “não têm viabilidade económica, tendo em conta os custos de produção e a realidade imposta pela redução dos preços dos medicamentos no mercado nacional”.

Nesse sentido, “solicitou uma revisão excecional de preço deste medicamento que permita a sua viabilidade económica e manutenção do medicamento no mercado”. Para o Infarmed, “as ruturas de stock são uma eventualidade no normal processo produtivo”.

Os pacientes que enfrentem dificuldade em adquirir medicamentos “devem contactar o seu médico ou farmacêutico”, para “encontrar alternativas terapêuticas”, sugere o Infarmed. O neurologista José Rocha Barros, em declarações ao Público, refere que a falta de um medicamento “pode obrigar a reestruturar o plano de tratamento de alguns doentes”.

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