Nas Notícias

Medicamentos: Portugal junta-se a Espanha para compras mais baratas

Serviços de saúde de Portugal e Espanha vão cooperar na compra de medicamentos. O país vizinho é o parceiro ideal para uma estratégia que poderá englobar um total de 12 países. A ideia é comprar em bloco para forçar uma descida dos preços, em especial nos fármacos antivíricos, para oncologia e para doenças raras.

A ideia não é nova. Ainda há duas semanas, a propósito do surto de hepatite que varria a Europa, o diretor-geral de Saúde revelava que estava a estudar uma compra conjunta, com Espanha, de vacinas para esta doença.

O objetivo agora é alargar a cooperação no sentido de abranger os novos fármacos, que dada a especificidade e o investimento envolvido na investigação chegam ao mercado com preços elevados. Só no passado, Portugal aprovou 51 medicamentos inovadores.

Nesse sentido, o Infarmed recebe hoje os delegados de 11 países europeus que se juntaram para criar, em dezembro do ano passado, o Grupo de Alto Nível, um ‘think tank’ de apoio aos decisores de saúde europeus quanto ao acesso a medicamentos inovadores.

“O objetivo é envolver todas as parte interessadas, desde Governos, indústria, associações de doentes e académicos, para procurar novas abordagens para avaliar o que é mais valia que está por traz da inovação e a forma como se avalia essa inovação, como se chega ao custo e como se vai financiar”, explica o vice-presidente do Infarmed, Rui Ivo, citado pelo Diário de Notícias.

O responsável salienta que “já existem alguns processos que estão a ser desenvolvidos” para desenvolver um ganho de escala a nível europeu: “Nós estamos a trabalhar com Espanha. As negociações de matérias que têm a ver com a aquisição e ligadas à questão do preço têm mais condições para avançar com conjuntos de países com proximidades regionais ou afinidades de sistemas de saúde”.

Para além de Portugal e Espanha, participam na reunião delegados de Áustria, Grécia, Irlanda, Malta, Holanda, Letónia, Eslovénia, Eslováquia, Itália e Bélgica, assim como responsáveis das associações nacionais da indústria farmacêutica e de genéricos.

Em destaque

Subir