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Medicamentos oncológicos: Custo aumenta 9,8% em metade de 2015

Comprimidos_Medicamentos_900x450O consumo de medicamentos oncológicos aumentou 4,5 por cento no primeiro semestre de 2015, mas o custo foi agravado em mais do dobro: a despesa com estes fármacos aumentou 9,8 por cento. Trata-se de “uma pressão muito significativa” sobre o orçamento do SNS.

Os dados constam num relatório da Direção-geral da Saúde (DGS) que compara os dados do primeiro semestre 2015 com o período homólogo de 2014.

O principal destaque dos dados, de acordo com as informações avançadas pela Lusa, é o aumento de quase 10 por cento no custo com medicamentos oncológicos.

“Estamos a assistir a uma deriva significativa no sentido do consumo de fármacos mais caros, colocando pressão muito significativa no Serviço Nacional de Saúde”, alertaram os autores do relatório ‘Portugal – Doenças Oncológicas em números 2015’.

São dados “preocupantes” e que revelam a tendência de aumento no consumo de medicamentos, “mas agora com aumento também dos custos associados”, em especial na área oncológica.

O documento alerta que é necessário monitorizar a efetividade terapêutica de novos fármacos e intervenções, através do registo oncológico nacional.

“O aumento da despesa com medicamentos é preocupante, particularmente com os novos fármacos”, realça o texto: “A necessidade de monitorizar a efetividade terapêutica é indispensável para conseguirmos aferir os ganhos reais em saúde, face ao custo crescente dos mesmos”.

No primeiro semestre do ano passado, os encargos do SNS com medicamentos oncológicos em meio hospitalar ultrapassaram os 205 milhões de euros, quando tinham ficado abaixo dos 188 milhões no mesmo semestre de 2014.

Do primeiro semestre de um ano para o do ano seguinte passou-se de 16 milhões de unidades para 16,7 milhões.

A venda de medicamentos oncológicos em farmácia comunitária não apresentou uma diferença tão significativa: dos primeiros seis meses de 2014 para os de 15 aumentou apenas 2,1 por cento no consumo e 1,3 por cento no custo.

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