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Medicamento inovador pode salvar gatos – e humanos também – da morte súbita

Uma farmacêutica está a testar um medicamento contra a cardiomiopatia hipertrófica, uma doença que provoca a morte súbita nos gatos… e nos humanos.

A equipa que tem vindo a desenvolver o fármaco inclui veterinários do Colégio de Medicina Veterinária da Universidade da Califórnia, nos EUA.

O composto, intitulado MYK-461, demonstrou num teste com cinco gatos ser efetivo na prevenção da cardiomiopatia hipertrófica, a doença que fez cair o futebolista Miklos Feher em pleno jogo.

A cardiomiopatia hipertrófica hereditária é uma doença que ocorre com o estreitamento das paredes dos ventrículos do coração, o que provoca uma alteração da função cardíaca e, num estágio final, a morte súbita.

Em gatos, a doença pode provocar coágulos e falência cardíaca.

Ainda não há cura para a cardiomiopatia hipertrófica hereditária, mas o estudo conduzido pela equipa da Universidade da Califórnia (cujo resumo foi publicado este mês na revista Plos One) demonstrou que em breve poderá haver para os gatos… e, a confirmar-se este sucesso, para os humanos.

“É uma descoberta estimulante para os animais e para os humanos e um exemplo perfeito do conceito de Saúde Única em ação”, salientou o diretor do serviço de cardiologia do hospital veterinário da universidade, Joshua Stern.

“Os resultados positivos nestes cinco gatos comprovam que o MYK-461 é viável para usar em felinos e apresenta-se como a única solução para travar (ou pelo menos abrandar) a progressão da cardiomiopatia hipertrófica”, acrescentou.

O medicamento eliminou obstruções nos ventrículos esquerdos dos gatos, sendo o único fármaco a resolver uma disfunção cardíaca que afeta tanto os felinos como os humanos.

“Durante muitos anos não houve progressos no tratamento da cardiomiopatia hipertrófica hereditária”, lembrou Joshua Stern, pelo que “este estudo traz uma nova esperança para as pessoas e para os gatos”.

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