Nas Notícias

Medalha traz guerra entre o Porto e Júlio Machado Vaz a público

guerra-machado-vaz-porto-pizarroA devolução da medalha da cidade, que o Porto lhe entregou em 2015, tornou pública a revolta de Júlio Machado Vaz pelo encerramento da Comunidade de Inserção Paulo Vallada, que auxilia mães adolescentes.

Com um artigo publicado no Facebook, Júlio Machado Vaz revelou que está em “tempo de luto” pela forma como a Câmara do Porto se tem recusado, nos últimos dois anos, a apoiar o centro de acolhimento

“Em outubro, a Paulo Vallada terá deixado de existir”, avisou o diretor da instituição, revelando que “as nossas meninas/mães vão sendo encaminhadas para outras instituições”.

“Desejo-lhes toda a sorte do mundo, com uma tristeza não isenta de culpa. Esgotei todas as portas a que podia bater”, complementou.

De acordo com Júlio Machado Vaz, o encerramento da Comunidade de Inserção Paulo Vallada é explicado pela falta de resposta da Câmara do Porto, quase dois anos após os primeiros pedidos de ajuda.

“Há quase dois anos pedi auxílio para estabilizar a Paulo Vallada. A resposta foi afirmativa, com a legítima exigência de uma redução de custos do financiamento. Informei o Dr. Manuel Pizarro da nova realidade”, continua o texto publicado pelo psiquiatra no Facebook: “E esperei. Nada aconteceu”.

Farto de esperar, Júlio Machado Vaz devolveu a medalha da cidade do Porto com que foi homenageado pela autarquia no ano passado: “Dir-me-ão que se trata de um mero gesto simbólico. É verdade, mas por trás dos símbolos vivem ideias, maneiras de ver o mundo e de nele estar”.

A polémica não demorou a estalar nas redes sociais e hoje, quando confrontado pela Lusa, o principal visado pelas acusações de Júlio Machado Vaz, Manuel Pizarro, garantiu que a Câmara do Porto “reitera a disponibilidade, já assumida, de ajudar a resolver financeiramente” a instituição.

“A Câmara conhece a situação e as dificuldades que atravessa a Comunidade de Inserção Paulo Vallada, que faz um valioso trabalho de proteção de mães em dificuldades e dos seus filhos”, frisou o vereador da Ação Social.

Segundo Pizarro, a autarquia é “alheia” ao encerramento do centro de acolhimento, pois resulta da “venda do imóvel em que está instalada desde a sua criação, que era propriedade da Fundação da Juventude”.

Em destaque

Subir