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Mazda MX-5 mantém a essência do pequeno ‘roadster’ de há 20 anos

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O Mazda MX-5 é um ícone entre os ‘roadster’. Um automóvel que muitos construtores quiseram combater com modelos pouco conseguidos, e que a própria marca conseguiu renovar sem mexer no essencial; as sensações que proporciona ao volante.

À primeira vista esta terceira geração nascida em 2012 parece um simples ‘facelift’, com o detalhe da entrada de ar inferior claramente inspirada no desenho da grelha adotada pela marca na sua mais recente gama, que será mais vincada no seu sucessor.

Nas formas este MX-5 na versão 20.º aniversário (limitada a 2000 unidade) e adotando um branco ‘Pérola Cristal’ manteve-se apelativo, elegante, mesmo se há muito abandonou as óticas escamoteáveis, que para alguns eram uma imagem do modelo. Mesmo aí podemos considerar que a Mazda jogou simples, como o fez relativamente a esta geração.

Este descomplicar não significou o abdicar de algumas modernidades em prol do conforto, mantendo a qualidade de construção e recorrendo a uma capota rígida de recolhimento elétrico. Sinal dos tempos e também a possibilidade de combater a intempérie, muito útil em dias em que nem sempre o sol nos fez companhia.

Sob o capot deste exemplar um nervoso quatro cilindros de 1,8 litros servindo 125 cv, sempre disponível quando solicitado e servido por uma caixa manual de seis velocidades bem escalonada, permitindo uma condução ‘tipo kart’, tal como sucedida na primeira geração do modelo.

A transferência de massas é correta, graças a uma suspensão revista que combina o conforto com o desempenho, com o controlo eletrónico de estabilidade a fazer o seu trabalho, gerindo muito bem os 1150 quilos do conjunto.

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A posição de condução também ajuda a mantermos a ‘mão’ neste Mazda, cujos interiores, embora confiram o caráter desportivo do modelo, primam pela simplicidade. Não há os luxos de outros ‘roadster’, nem teria de haver, mas a qualidade de construção é bem legível e conforto quanto baste.

Há alguns detalhes que denunciam a atualidade deste descapotável, como o comando de tranque da abertura do depósito de combustível, escondido atrás de uma tampa situada na parte posterior do habitáculo contínua à consola central, ou o comando para acionar a capota rígida, que implica que se destranque a mesma carregando simultaneamente em dois botões superiores.

No painel também existe a indicação para subir de velocidade para condutores mais distraídos, enquanto na parte central se situa o pequeno ecrã multimédia, que inclui o sistema de som – também comandado do volante – e de navegação.

Com a capota fechada não se sentem quaisquer perturbações aerodinâmicas, embora se ouça bem o ‘ronco’ desportivo do motor. Nada que perturbe quando se adquiriu um ‘roadster’ que continua a ser bastante mais acessível no preço que grande parte da sua parca concorrência. Isto porque este MX5 tem como ponto de partida os 29.800 euros.

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Fotos: Carlos A. Tavares

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