Como resposta aos crescentes desafios energéticos feitos à indústria automóvel, a Mazda apresentou agora aquilo a que intitula tecnologia SKYACTIV. Algo que reflete a sua visão sobre aquilo que deve ser o futuro imediato da sua gama de modelos, a começar pelo seu SUV CX-5.
No fundo, a SKYACTIV é um conceito aplicado à inovação, otimizando a engenharia no que se refere à redução do peso dos veículos e aos motores de combustão interna, que constituem a esmagadora maioria do parque automóvel atual.
Em vez de fontes de alimentação alternativas, a Mazda propõe soluções híbridas baseadas numa otimização dos motores de combustão interna, introduzindo sistemas já conhecidos, como a recuperação de energia através da travagem ou o Start & Stop.
A marca nipónica acredita que essas soluções, em conjunto com a descida do peso dos seus modelos – com recurso a materiais mais leves e robustos – responde melhor aos desafios energéticos de futuro.
A introdução de transmissão de dupla embraiagem de variação contínua (CVT) é uma das faces mais visíveis da inovação tecnológica SKYACTIV. Trata-se de duas embraiagens (uma para acionar as mudanças ímpares e outra para as pares), que impedem que haja uma quebra de rotação e consequente desperdício de combustível.
O sistema de anti-escorregamento de que está dotada a CVT reduz, só por si, os consumos em cerca de sete por cento, sendo a resposta rápida e suave assegurada por uma solução eletrónica (módulo Mecatronic), que permite uma aceleração gradual e potente a partir do arranque parado.
Por outro lado, o peso dos próprios motores foi reduzido. Facto que contribui para que, por exemplo, no motor diesel 2.2 litros MZR-D (20 por cento mais leve que o atual), os consumos desçam cerca de 20 por cento. Isto porque a taxa de compressão (14:0:1) é significativamente inferior à de propulsores ‘common rail’ convencionais. A fricção interna foi também reduzida em 20 por cento.
Simultaneamente a elevação variável das válvulas de escape possibilita a recirculação interna dos gases estabilizando de imediato a combustão após o arranque a frio e são utilizadas condutas de escape mais longas para melhor dispersão do calor. O filtro de partículas em cerâmica também é mais eficiente, permitindo ir além das exigências europeias em termos de emissões, cumprindo com as normas Euro 6.
Mas não se pense que a diminuição do consumo e das emissões tornará os novos Mazda inferiores em termos de performance, já a marca lança um turbocompressor de duas fases, que oferece uma resposta eficaz e imediata ao longo da gama de rotações do motor (até a um valor máximo de 5200 rpm).
A SKYACTIV-G é o nome dado à mesma tecnologia aplicada aos motores a gasolina que é dado à dos diesel (SKYACTIV-D) e também tem implicações ao nível do chassis e da carroçaria, por via da aplicação de materiais mais leves e alterações nas suspensões. Conseguindo ir até 14 por cento na redução do peso do conjunto.
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