A guerra entre humanos e vida selvagem na Namíbia fez mais três vítimas. Os cinco mosqueteiros, os famosos leões do deserto, foram mortos nos últimos três meses, dois a tiro e três por envenenamento.
Em junho, foi encontrado morto o primeiro leão, vitimado por uma ferida de bala. O cadáver estava nas proximidades de uma isolada quinta com produção de gado.
Nesse mesmo mês, uma leoa dos mosqueteiros (assim batizados por um documentário de 2015 sobre a adaptação destes leões ao deserto) foi abatida a tiro, alegadamente como represália por um ataque dos felinos a um touro, numa produção agrícola em Otjindakui.
Restavam três mosqueteiros, que o programa de conservação liderado por Philip Stander pretendia realojar num parque natural, num processo já autorizado pelo Ministério do Ambiente da Namíbia. Até ao passado dia 9…
Os três irmãos foram envenenados por um pastor, como represália por terem atacado um burro, único meio de transporte de um nómada que vagueia com o gado a mais de 40 quilómetros da pequena localidade mais próxima.
O pastor, segundo apurou um historiador que procura preservar a oralidade da linguagem khoe, terá depois envenenado a carne do burro, provocando a morte dos três mosqueteiros que restavam.
Os colares com sinal de rádio que equipavam os grandes felinos terão sido queimados.
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