O massacre de Newtown, que provocou a morte de 20 crianças e seis adultos, indignou Barack Obama e veio reabrir o debate sobre a venda facilitada de armas nos Estados Unidos. Alguns senadores do Partido Democrata já prometeram agir, no sentido de impedir o acesso a armas semiautomáticas, através de uma alteração à lei da posse de armas.
Nos EUA, 47 por cento da população reconhece que tem, pelo menos, uma arma. Estima-se que haja 270 milhões de armas nas mãos de privados, o que dá uma média de nove por cada dez habitantes.
Esta realidade gerou a preocupação do Presidente Bill Clinton, quando estava no exercício de funções. O decreto-lei que proibia as armas semiautomáticas foi aprovado com Clinton, mas acabou por expirar 10 anos depois.
Agora, senadores do mesmo partido querem não só limitar o acesso às armas, como também retirar do mercado carregadores com capacidade para 20, 30 ou até mesmo 40 balas, normalmente usados neste tipo de massacres como o que ocorreu em Newtown.
O problema poderá, no entanto, chocar com a segunda emenda da Constituição norte-americana, que concede aos cidadãos o direito de possuir armas de fogo. E a tentativa de reduzir as armas, por parte dos senadores Democratas, pode cair por terra.
A indústria do armamento é, nos EUA, um dos principais financiadores das eleições.
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