Antigo líder social-democrata acha que novo plano de austeridade de José Sócrates é “uma provocação”, de um primeiro-ministro interessado em “criar uma crise política”. Marques Mendes concorda com a posição do PSD, que pretende chumbar o novo PEC.
Marques Mendes considera que não faz sentido apresentar novas medidas de austeridade à revelia do Parlamento, do Presidente da República e dos sociais-democratas, que têm sido parceiros de governação.
“Um novo Programa de Estabilidade e Crescimento sem discussão na Assembleia, ocultado ao Presidente e apresentado como facto consumado ao PSD – parceiro orçamental do governo – é uma provocação”, disse Marques Mendes.
O social-democrata considera que, com uma atitude “insólita, inesperada e absolutamente incorreta”, José Sócrates quer “criar uma crise política”. Nesse sentido, Marques Mendes concorda com Passos Coelho, que vai chumbar este plano de austeridade.
“A posição que o PSD tomou está bem tomada. As medidas de Sócrates – como cortar nas pensões e congelar as pensões de miséria – são draconianas e profundamente injustas”, sublinha.
Marques Mendes falava aos jornalistas, após uma conferência realizada pelo Diário de Notícias
