O social-democrata arrasou o Governo de Passos e Portas, colocando a hipótese de ter havido manipulação de dados fiscais, na devolução da sobretaxa. Mas Marques Mendes foi ainda mais longe, numa crítica a uma direita “ressabiada” e “a leste do paraíso”…
No telejornal da SIC, o comentador Luís Marques Mendes foi duro para com o executivo em funções.
As críticas de Marques Mendes começaram na questão da devolução da sobretaxa, que foi apresentada como trunfo eleitoral pela coligação.
O comentador apresentou o quadro conhecido: em setembro, no auge da campanha, estimava-se que 35 por cento da sobretaxa iria ser devolvido. Só que em outubro essa percentagem caiu para 9,7 por cento e em novembro desceu para zero.
“Tudo isto parece-me muito mau. Até às eleições, as pessoas criaram a expectativa de que iriam receber parte da sobretaxa”, começa por dizer Marques Mendes.
O social-democrata aponta dois cenários e em nenhum deles o Governo sai bem.
“Ou há manipulação, ou há abrandamento de receita. E se há manipulação, não é grave, é gravíssimo. É uma pouca-vergonha”, dispara.
“Significa que se andou a empolar as receitas antes das eleições para tentar sacar votos, para enganar os eleitores”, continuou.
Marques Mendes coloca a hipótese de não haver manipulação, mas mesmo assim Passos sai mal na fotografia.
“Há quem diga que não há manipulação, que a atividade económica abrandou. E se assim é, algo indispensável já deveria ter sido feito: alguém do Ministério das Finanças tem de explicar isto”, disse.
Para Marques Mendes, “este silêncio é altamente comprometedor”.
“Eu acho estranho uma queda tão brutal depois das eleições… E isto indigna as pessoas, revolta as pessoas. Se há manipulação, temos de censurar. Manipulação ou mentira é sempre de lamentar, seja da direita ou seja da esquerda”, referiu.
Mas Passos Coelho e Paulo Portas devem esclarecer esta questão, que ocorre no momento da despedida do Governo – o Parlamento já aprovou a moção de rejeição e Cavaco Silva deve indigitar António Costa durante esta semana.
“O Governo que está a concluir funções tem toda a obrigação em resolver isto, porque se esta notícia fica na cabeça das pessoas como última das notícias do Governo em funções de Passos Coelho, então essa é uma péssima notícia. É despedirem-se com uma péssima notícia”, defendeu.
Mas as críticas duras a PSD e CDS não se ficam por aqui. Há mais e bem fortes. Marques Mendes fala em “direita ressabiada”.
“A direita anda ressabiada. Demasiado. E já era tempo de começarem a entrar na normalidade”, afirmou o comentador social-democrata.
E prosseguiu: “Ainda nesta semana, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas tiveram uma reunião com constitucionalistas. Ninguém percebe qual a utilidade dessa reunião, mas ela aconteceu”.
“A grande conclusão desse encontro era que a grande saída era uma governo de iniciativa presidencial. Como se isso fosse possível. Não é possível”, enfatizou.
E em jeito de conclusão, Marques Mendes acusa a direita de olhar o presente sem realismo.
“Andam a leste do paraíso. E é muito do ressabiamento. Eu percebo a irritação mas as pessoas têm de entrar na normalidade”, defendeu.
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