“De repente, os socráticos querem abrir uma crise de liderança no PS e voltar ao poder cavalgando às costas de um novo líder”, escreveu o também comentador do Correio da Manhã, no artigo intitulado “a tralha socrática”.
“Depois de terem deixado o país à beira da bancarrota e o partido com uma derrota histórica, os socráticos estão de volta para fazer a vida negra à liderança da oposição”, argumentou Marques Mendes, tendo como cenário a crescente aparição de figuras próximas de Sócrates, como Pedro Silva Pereira, a pedirem uma antecipação do congresso do PS.
“Gula pelo poder”
“O bom senso recomendaria a esta gente um bom período de nojo, algum comedimento e um certo respeito pela memória coletiva. Mas não. A sede de governo, a vontade de vingança e a gula pelo poder são mais fortes do que quaisquer princípios ou convicções”, sustentou o antigo líder do PSD.
Estas movimentações no interior do maior partido da oposição demonstram, no entender de Marques Mendes, que o PS desceu ao “grau zero do exercício político”, ideia sustentada ainda pela falta de “uma palavra de cumprimento ao Governo e de agradecimento aos portugueses” pelo regresso de Portugal aos mercados.
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