O socialista e antigo chefe de Estado assina um artigo de opinião particularmente duro com o Governo. Mário Soares analisa as mais recentes incidências políticas, desde o anúncio de austeridade de Vítor Gaspar às fissuras na coligação entre PSD e CDS, resultantes do aumento de impostos com o qual Paulo Portas não concorda.
“Paulo Portas” – escreve Mário Soares – “por mais que goste de ser ministro, e ao que parece gosta muito, não pode continuar a sê-lo, sem perda total da sua dignidade e prestígio. Deve demitir-se quanto antes”, realça o histórico socialista, neste artigo semanal que assina no DN.
Soares fazia uma alusão às divergências políticas que separam Paulo Portas e Passos Coelho, com o líder do CDS a defender que Portugal não aguenta mais impostos e o primeiro-ministro a seguir precisamente esse caminho, com um agravamento fiscal previsto para o próximo Orçamento de Estado. Entre as promessas de Portas está precisamente não aumentar impostos, lembra Soares.
Mais do que as divergências, deve ser a sua consciência e “dignidade” de Portas a afastá-lo do Governo, de acordo com Mário Soares. Mas não é apenas o ministro dos Negócios Estrangeiros que é visado neste artigo de opinião. Soares dispara em toda a linha, arrasando o executivo de Passos Coelho.
“O Governo está moribundo e ninguém o toma a sério”, escreve ainda Soares, que entende que Passos Coelho não percebeu a mensagem saída da manifestação do dia 15 de setembro.
As pessoas pediram uma mudança de rumo, que o Governo não vai seguir, segundo se percebeu na declaração de Vítor Gaspar, onde o ministro das Finanças apresentou uma alternativa à Taxa Social Única, que representa um aumento de impostos. Mário Soares classifica esse anúncio como uma “falta de sensibilidade política e de vergonha”.
Neste artigo, Mário Soares aponta mudanças na União Europeia e considera que as próximas semanas serão decisivas. Em Portugal, o Presidente da República “será obrigado a tomar decisões”.
O antigo chefe de Estado critica à “peregrina ideia de excluir o povo da cerimónia” do 5 de Outubro, decisão “digna de uma ditadura, não de um regime que democrático”.
“Quando os governantes (quer sejam ministros, secretários de Estado ou o Presidente da República) manifestam o medo do povo – e fogem dele – algo vai muito mal”, escreve o histórico socialista.
Uma eventual demissão de Portas deixará Passos sem margem de manobra. Assim, Soares coloca nos ombros de Cavaco Silva a responsabilidade de agir. “Aproxima-se o momento em que não pode continuar a fazer discursos vazios e será obrigado a tomar decisões. A não ser que se demita também”, conclui Mário Soares, num dos mais duros artigos de opinião que assina.
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