Motociclismo

Mário Patrão “gostaria de participar em mais provas internacionais”

Aos 40 anos Mário Patrão é recordista nacional em títulos de todo-o-terreno em moto. Soma 25 cetros conquistados entre enduro e o todo-o-terreno e ultrapassa ainda a dezena de representações na Seleção Nacional, ao longo de 16 anos de carreira desportiva. Agora o piloto de Seia concedeu uma entrevista ao PT Jornal onde recorda o seu passado, a atualidade e o que pretende para o futuro da sua carreira.

Depois de cinco participações no Dakar o próximo desafio de Mário Patrão dá pelo nome de Panafrica Rally e terá lugar em Setembro, inserido na preparação para a grande maratona sul-americana para onde irá partir no final do ano, o Rali Dakar 2018.

O ‘bichinho’ das duas rodas nasceu bem cedo, “talvez pela sensação de liberdade que transparecia nos condutores”, explica o piloto beirão. “Consegui adquirir a minha primeira mota aos 14 anos e desde aí nunca mais parei. O gosto pelas duas rodas foi crescendo e sinto-me um sortudo por puder fazer o que mais gosto”, recorda.

O primeiro título nacional de todo-o-terreno de Mário Patrão aconteceu aos 23 anos e o de enduro aos 26, estreando-se mais tarde em competições internacionais: “Foi em 2002, no Six Days Enduro, a Copa do Mundo da modalidade, que teve lugar na República Checa, por um clube apoiado pela Federação: Creio que a vitória mais significativa foi ganhar a classe maratona no Dakar 2016 e o facto de em 2017 ter contribuído para que a equipa KTM OFICIAL tivesse alcançado a vitória”.

A pensar no Dakar e não só

O piloto de Seia não perde de vista a próxima participação na prova ‘rainha’ do TT internacional, daí a aposta nas pistas marroquinas e provas como o Panafrica Rally e o Rali de Marrocos.

“Treinar ‘road books´ em deserto é sempre uma mais-valia. Marrocos é o destino com dunas/deserto mais próximo. Sinto que tenho de evoluir nessa área, pois é onde me sinto menos confiante. Já estive em Marrocos no Merzouga Rally e regresso agora com o intuito de aprimorar a minha técnica e testar algumas alterações na minha mota”, explica Mário Patrão.

Quisemos saber o que envolve a participação numa prova como o Dakar:  “Exige fundamentalmente um orçamento muito elevado, que é sempre a nossa luta anual. Além disso, a exigência mental e física são enormes. Exige que consiga conciliar as provas nacionais com treinos internacionais.

A preparação física para uma prova como o Dakar é outro aspeto que o piloto beirão não descura: “É importante aliar uma boa preparação física à vertente nutricional. Tento andar de bicicleta e fazer treinos intensos com regularidade, por forma a conseguir suportar o desgaste físico que o Dakar impõe”.

No Panafrica Rally, a expetativas de Mário Patrão não são muito altas: “É a minha primeira participação no Panafrica Rally, o objetivo é aprimorar a técnica e a condução, de modo a chegar ao Dakar com a melhor preparação possível”.

Apesar das provas internacionais serem importantes, o piloto de Seia não esquece que há um Campeonato Nacional de TT para disputar: “Faltam-nos duas provas para o fim. O objectivo é estar na luta pela vitória e dar sempre o máximo de imagem aos nossos patrocinadores”.

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