Depois de no prólogo ter sido 13º, Mário Patrão viu o seu resultado no segundo dia do Panafrica Rally passar para segundo plano ao parar para auxiliar dois pilotos acidentados.
Foi um gesto que vai ficar na retina de todos quantos seguem o todo-o-terreno, mas que se impunha e que se tornou forçoso para o piloto de Seia ao quilómetro 108 da especial cronometrada.
Um dos concorrentes acidentados foi o consagrado italiano Alessandro Botturi, sendo que Mário Patrão nem hesitou quando chegou o momento de prestar auxílio: “Estava a entrar no meu ritmo e a etapa estava a decorrer como planeado, sem erros de navegação, quando encontrei dois pilotos acidentados”.
“Estamos numa competição, mas em ocasiões como esta não pensamos noutra coisa que não seja prestar todo o auxílio possível até que a equipa médica chegue. Infelizmente demoraram cerca de uma hora e 40 minutos a chegar, o que é uma eternidade e me deixou apreensivo e com menor concentração para cumprir o resto da etapa. Optei então por um ritmo mais moderado evitando ao máximo cometer excessos ou deslizes” explicou o piloto português.
Hoje disputa-se a terceira especial deste rali (a segunda etapa), uma vez mais em forma de ‘boucle’, com cerca de 300 quilómetros, 290 dos quais cronometrados, como de resto se caracterizam todas as especiais deste rali que decorre até dia 27 de setembro em torno da região de Merzouga.
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