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Mário Jardel diz que consumiu drogas no FC Porto e ficou “fechado um mês” para recuperar

mario jardel gremio Em entrevista ao Lancenet, Mário Jardel, antigo ponta-de-lança do FC Porto, revelou, nesta quarta-feira, que consumiu drogas no FC Porto, e que “o médico e o fisioterapeuta sabiam”. José Carlos Esteves já veio desmentir Jardel. O goleador vai mais longe e afirma que esteve “fechado um mês” nas instalações do clube, para tentar a reabilitação.

A dependência de drogas de Mário Jardel não é um dado novo, mas o antigo goleador brasileiro veio agora afirmar que se tornou dependente em meados de 1998, quando representava o FC Porto.

“Só consumia [droga] nas férias. O médico e o fisioterapeuta sabiam porque eu contava-lhes”, disse Mário Jardel, numa entrevista concedida ao Lancenet.

Super Mário argumentava que as drogas foram mais fortes, numa altura difícil da sua vida. “Más amizades, fim de um relacionamento, depressão… Fiquei deprimido porque não tinha ninguém a apoiar-me no momento em que precisava”, justificou o goleador.

Mário Jardel.

O brasileiro foi mais longe e afirmou que chegou a ficar nas instalações do clube, para tentar a reabilitação. “Fazia exames todos os dias antes do treino e fiquei fechado um mês dentro da concentração para me recuperar”, garante Jardel.

Entretanto, José Carlos Esteves, o médico do FC Porto visado nestas declarações, já veio negar que tivesse conhecimento de que o jogador era dependente de drogas.

Em declarações à Rádio Renascença, nesta quarta-feira, o clínico que dirigia o departamento médico do FC Porto desmente Jardel.

José Carlos Esteves lembra que a dependência de droga do atleta brasileiro só foi conhecida muito depois de Jardel deixar o clube. O médico salienta também que os jogadores do FC Porto eram constantemente sujeitos a exames e que nunca foi detetada presença de drogas.

Mário Jardel representou o FC Porto entre 1996 e 200, clube onde os maiores êxitos da carreira. Conquistou a Supertaça Cândido de Oliveira na época 1996/97, foi tricampeão português (1996/97, 1997/98, 1998/99) e vencedor de duas Taças de Portugal (1997/98 e 1999/2000).

Foi por quatro vezes o melhor marcador do Campeonato Nacional, em 1996/97 (30 golos), 1997/98 (26), 1998/99 (36) e 1999/00 (38). Nas competições europeias, marcou 15 tentos em 24 jogos.

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