Mário Ferreira arrasa reportagem sobre “escravatura” nos barcos do Douro

Um dos maiores empresários portugueses e proprietário da ‘Douro Azul’ está no olho de um furacão social, depois de uma reportagem do Público. Em causa, alegadas práticas de “escravatura”, “trabalho precário” e “salários baixos”. Mário Ferreira desmente e arrasa o Público: “Hoje o Público poderá vender mais uns jornais, mas o que perde de credibilidade irá certamente acelerar a agonia e desespero em que se encontra rumo à sua extinção”.

“Medo, precariedade, escravatura laboral. O que se esconde por detrás dos negócios de milhões dos barcos do Douro?”.

Eis o mote de uma reportagem do Público, que assenta em denúncias da Plataforma Laboral e Popular e de ex-trabalhadores, numa altura em que se preparam manifestações com a alegada falta de condições laborais.

O diário faz uma reportagem sobre o outro lado do glamour que é imagem de marca do projeto de viagens turísticas. Ouve testemunhos de trabalhadores, que falam em “escândalo”, relatando episódios de más condições e alegados incumprimentos.

Mário Ferreira tomou conhecimento da reportagem e reagiu mal.

“Foi com muita surpresa que hoje ao ler o Público me deparo com duas páginas inteiras de publicidade em forma de notícia a um terrorista social, um homem que aparenta graves perturbações mentais, que tem nos últimos meses feito várias ameaças a muitos operadores turísticos no Douro”, escreve o empresário, no Facebook.

“O desespero por que passam todos os jornais de papel é amplamente conhecido, mas será que não existem limites?”, questiona.

“Hoje o Público poderá vender mais uns jornais, mas o que perde de credibilidade irá certamente acelerar a agonia e desespero em que se encontra rumo à sua extinção”, conclui.