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Marinho Pinto: Sócrates é “vítima” de “ódios de morte” por tirar privilégios na política e justiça

Marinho Pinto diz que a detenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates é uma “vingança” e a “judicialização da política”. Num artigo de opinião publicado no Correio da Manhã, o antigo bastonário entende que o ex-primeiro-ministro é alvo de “ódios de morte”, por ter posto termo a “alguns dos mais chocantes privilégios que havia na sociedade portuguesa, sobretudo na política e na justiça”.

Marinho Pinto assina um polémico artigo no Correio da Manhã, onde comenta o caso que envolve o ex-primeiro-ministro, José Sócrates, detido para interrogatório e entretanto sujeito à medida de coação mais gravosa: prisão preventiva.

Para o antigo bastonário e atual eurodeputado, Sócrates estará a ser vítima de uma “vingança”, num processo de “judicialização da política que está em curso no nosso país”.

Marinho defende que o facto de Sócrates ter acabado com “alguns dos mais chocantes privilégios que havia na sociedade portuguesa, sobretudo na política e na justiça” valeu-lhe “ódios de morte”.

“José Sócrates acabou, enquanto primeiro-ministro, com alguns dos mais chocantes privilégios que havia na sociedade portuguesa, sobretudo na política e na justiça. Isso valeu-lhe ódios de morte. Foi ele quem, por exemplo, impediu o atual Presidente da República de acumular as pensões de reforma com o vencimento de presidente”, escreve Marinho e Pinto, no Correio da Manhã.

O antigo bastonário da Ordem dos Advogados sugere que haja uma tentativa de retaliar: “A raiva com que alguns dirigentes sindicais dos juízes e dos procuradores se referiam ao primeiro-ministro evidenciava uma coisa: a de que, se um dia, ele caísse nas malhas da justiça iria pagar caro as suas audácias”.

Neste artigo de opinião, Marinho revela que tem dúvidas sobre o tratamento judicial a que está a ser sujeito – e já questionado por diversos advogados e juristas, que levantam dúvidas sobre a legalidade da detenção.

“Tenho muitas dúvidas de que o antigo primeiro-ministro esteja a ser alvo de um tratamento proporcional e adequado aos fins constitucionais da justiça num estado civilizado”, argumenta Marinho e Pinto.

“Há, em Portugal, cidadãos que nunca poderão ser humilhados pela justiça como está a ser José Sócrates: os magistrados. Desde logo porque juízes e procuradores nunca podem ser detidos fora de flagrante delito”, continua.

Para Marinho e Pinto, “a justiça não é vingança e a vingança não é justiça”.

O eurodeputado termina com críticas ao deputado do PSD Duarte Marques, que escreveu “aleluia”, no Facebook, aludindo à detenção de Sócrates.

“Era evitável a primária manifestação de ódio, quando até a ministra da Justiça nos poupou ao habitual oportunismo”, conclui Marinho Pinto.

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