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Marinho Pinto: “Onda de vedetismo assola a magistratura”

Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, com discurso violento, na abertura do ano judicial, em Lisboa. Os juízes foram o principal alvo. 

Uma intervenção de Marinho Pinto permite construir dezenas de notícias. O bastonário da Ordem dos Advogados dispara sempre em todas as direções, com frases fortes.

O alvo é quase sempre o mesmo: a classe dos juízes, que segundo Marinho Pinto navegam numa “onda de vedetismo”. Mas há outros visados na voz severa do bastonário.

“Os verdadeiros assaltos aos recursos públicos levaram ao enriquecimento obsceno dos seus autores. A corrupção está a alastrar a todos os níveis do aparelho do Estado. Os bancos foram saqueados em milhares de milhões de euros e os beneficiários continuam impunes”, disse.

Acusados de “prepotência e arrogância”, nas relações profissionais com os advogados, o juízes são responsáveis por uma justiça que “não atravessa um bom momento”.

“Travestidos de comentadores de atualidade nacional e internacional, nos meios de comunicação social, os juízes acabam por se desautorizar publicamente”, apontou Marinho Pinto.

“Que credibilidade tem um juiz que afirma à comunicação social que foi alvo de escutas telefónicas ilegais, no âmbito das suas funções, sem que nada aconteça?”, questiona, referindo ao juiz do caso ‘Face Oculta’, Carlos Alexandre.

O Estado, segundo o bastonário, “já não consegue cumprir o fim mais importante da ordem jurídica: a administração da justiça e dos tribunais”.

“A desjudicialização da justiça vai ter duas consequências: premiará quem têm contas a ajustar com a justiça e fará com que quem a procura desespere e acabe por fazê-la pelas suas próprias mãos”, conclui Marinho Pinto.

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