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256.º aniversário de Marie Harel, a criadora do Camembert, assinalado pela Google

A queijeira Marie Harel, criadora do queijo Camembert, é alvo de uma homenagem ao estilo Google, que no 256.º aniversário do seu nascimento presta tributo a uma queijeira que inventou um produto eterno.

Nascida em Crouttes, em França, no dia 28 de abril de 1761, Marie Harel viria a morrer em Vimotiers, em 1844, a 9 de novembro. Hoje, cumpre-se o 256.º aniversário do seu nascimento.

A Google presta tributo a uma queijeira que se tornou eterna, em França e no mundo dos queijos. Um doodle recorda Marie Harel e faz uma viagem pelo seu passado.

Marie inventou o queijo Camembert juntamente com o abade Charles-Jean Bonvoust. Conta a lenda que Marie terá beneficiado dos conhecimentos deste abade, que estava escondido numa mansão de Beaumoncel, onde a queijeira trabalhou.

Terá sido o abade que passou a Marie a receita para a preparação do queijo. Porém, não há provas de que esta versão seja a verdadeira.

Marie Harel fez o queijo Camembert de acordo com as tradições locais. E deu início ao que viria a tornar-se numa dinastia de fabricantes de queijos.

O neto de Marie cumpriu um importante papel nessa massificação do Camembert, ao criar uma fábrica, em Le Mesnil-Mauger, que tinha como trunfo um produto hoje muito comum nas mesas de quem aprecia queijos.

Mas antes da massificação já o produto era reputado e foi rapidamente reconhecido.

Desde o final do século XVII, o famoso queijo foi produzido na região de Camembert. E granjeou prestígio.

O sucesso da produção do Camembert na primeira metade do século XIX deveu-se em grande parte aos descendentes de Harel, que se consideraram os únicos legítimos da designação “Camembert”. No entanto, a partir de 1870, outros queijeiros contestaram este monopólio familiar.

Mas o seu a seu dono… Marie Harel morreu a 9 de novembro, em Vimoutiers, e tornou-se eterna. Hoje, é lembrada pela Google.

O que é um doodle?

Doodle é uma expressão que ganhou relevância no léxico atual desde que a Google passou a recorrer a esta técnica como forma de homenagear pessoas, ou assinalar datas e efemérides. Mas a palavra “doodle” já era utilizada no século XVII…

No maior motor de busca do mundo, diariamente surgem novos ‘doodles’, que não são mais do que esboços, desenhos, caricaturas ou aplicações interativas que, através da imagem, recordam factos ou pessoas.

Mas a expressão ‘doodle’ não foi criada pela Google (apesar da semelhança do vocábulo, em termos de grafia e fonética). Doodles são desenhos ou esboços, feitos quando uma pessoa pretende distrair-se, ou ocupar algum tempo livre.

Normalmente, encontram-se em cadernos escolares e são de autoria de alunos pouco interessados na aula. Podem ser caricaturas de professores, de alunos, de famosos ou até personagens de banda desenhada. Podem ser formas geométricas ou animações.

Etimologicamente, a palavra ‘doodle’ tem duas origens: americana e britânica. Os americanos utilizam-na desde o século XVII, para chamar “tolo” ou “simplório”, como variante da palavra alemã “Dödel”.

Já a origem inglesa reporta-se à Guerra Revolucionária Americana, quando as tropas coloniais britânicas cantavam “Yankee Doodle”. Aqui, ‘doodle’ tinha uma significado pejorativo e significa “fazer de tolo”.

Mais tarde, a partir de 1930, a expressão alterou o sentido e passou a estar relacionada com “ócio”, o que vem de encontro aos criativos desenhos durante uma aula, ou mesmo ao modo original que a Google encontrou para assinalar datas e homenagear pessoas.

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