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“Mariana Mortágua devia ter vergonha, devia desaparecer de vez”, diz Ricciardi

José Maria Ricciardi, ex-presidente do Banco Espírito Santo Investimento (BESI), foi duro nas críticas a Mariana Mortágua, depois de uma declaração da deputada do Bloco de Esquerda na TVI24. “Estou farto de aturar essa senhora, que pelos vistos acha-se a nova ‘dona disto tudo’”, refere Ricciardi.

Na semana em que se tornou pública a acusação do processo da queda do Grupo Espírito Santo, a deputada referiu que José Maria Ricciardi dificilmente não estaria a par dos problemas do grupo BES.

Mortágua considerou que “as grandes operações” identificadas, “potencialmente criminosas”, “estão revertidas na acusação”.

A deputada do Bloco de Esquerda assumiu que não leu toda a acusação, mas deixa críticas, que não foram bem acolhidas por José Maria Ricciardi.

“Acabei de ouvir declarações chocantes da deputada Mariana Mortágua, que aproveita as oportunidades que a comunicação social lhe concede para fazer acusações absolutamente gratuitas e fazer a foice em seara alheia, como se fosse a nova ‘dona disto tudo’”, afirmou, em declarações à SIC Notícias.

Ricciardi diz-se “farto de aturar uma senhora que alinha pelas mesmas teses de Ricardo Salgado”.

“Esta senhora, que pelos vistos acha-se a ‘dona disto tudo’, vem impunemente criticar o Ministério Público para as televisões. Mariana Mortágua devia ter vergonha, devia desaparecer de vez”, aponta o ex-presidente do BESI.

Ricciardi lamenta, por outro lado, “as facilidades da comunicação social”, aludindo ao mediatismo que Mortágua consegue no processo que envolve o grupo BES.

“Essa senhora aproveita as facilidades da comunicação social para proferir um chorrilho de disparates. É altura de as pessoas perceberem a importância excessiva que se dá a esta figura que melhor faria se se reduzisse de vez ao silêncio”, afirma.

“Mas, infelizmente, neste país, continua a dar-se importância a pessoas que não o merecem e que têm a ousadia de comentar coisas que não dominam. Esta senhora nem sequer leu a acusação do BES e nem tem condições para a entender vem criticar o Ministério Público”, disse ainda, à SIC Notícias.

As críticas de Mortágua ao Ministério Público não são bem acolhidas por Ricciardi, que aponta “acusações gratuitas” proferidas pela deputada do Bloco de Esquerda.

“Esta investigação durou seis anos, feita por uma equipa conjunta de membros do Ministério Público, Autoridade Tributária, Banco de Portugal e da CMVM. Foi tudo passado a pente fino”, lembra.

E Ricciardi também não aceita que o acusem de ter sido conivente com os alegados crimes que estão a ser investigados pela Justiça.

“Tudo fiz, muito antes dos acontecimentos, para travar esta situação. Fui ilibado de tudo. A extensão das fraudes é maior do que eu alguma vez imaginava. Não me venham agora dizer que é um administrador, que não tem capacidade investigatória, conseguiria aceder a contas no estrangeiro, a movimentos financeiros, etc. Por isso é que eu não admito estas acusações. Essa senhora devia desaparecer de vez”, concluiu.

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