Depois do cordão humano em redor da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, contra o encerramento daquela unidade, medida determinada pelo Ministério da Saúde, preveem-se novas ações de protesto. A próxima será a 19 de abril, com uma marcha entre a MAC e o ministério.

O cordão humano em redor da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), realizado ontem, chamado de ‘Abraço à MAC’, representa a primeira ação de protesto contra a medida do Governo, que pretende encerrar, até ao termo da Legislatura.

Com esse cordão, utentes e funcionários da Maternidade pretenderam mostrar o apreço a uma instituição com história e simbolismo. Centenas de mãos uniram-se na mesma causa, para protestar contra a decisão do Ministério da Saúde, de encerrar as portas da MAC, até 2015.

O cordão humano de ontem contou com anónimos que estejam solidários e contra o fecho da maternidade. Tratou-se da primeira de diversas ações de protesto que começam a ser organizadas.

Está a ser equacionada uma greve, por parte de funcionários da MAC, mas certa é já uma marcha lenta, no dia 19 de abril, entre a MAC e o Ministério da Saúde.

A decisão de realizar esta marcha foi tomada em plenário, antes da marcha de terça-feira.

Recorde-se que o encerramento da MAC foi aventado há dias e confirmado mais tarde pelo titular da pasta da Saúde, Paulo Macedo, que adiantou que a decisão está tomada e que a maternidade lisboeta vai encerrar portas até 2015.

As ações de protesto pretendem pressionar o Governo a recuar na intenção de fechar a maternidade. O ministro assumiu que o encerramento da MAC é uma inevitabilidade, sendo que o Governo vai avançar com essa medida durante a atual Legislatura.

Estas ações de protesto pretende evitar essa… inevitabilidade. Jerónimo de Sousa acusou o Governo de ceder a interesses “obscuros”, eventualmente relacionados com especulação imobiliária.