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Marcelo: “Relvas devia sair pelo seu pé” por estar “descredibilizado”

marcelo_rebelo_sousa1No comentário na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa sustentou que “Miguel Relvas deveria sair pelo seu pé”. O social-democrata entende que a defesa do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, que o chefe de Governo levou a cabo, transformou Relvas “num peso nas costas” de Passos Coelho.

O caso das secretas, que envolveu Miguel Relvas, levou Marcelo Rebelo de Sousa a considerar que a demissão do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares era a única solução para o problema. Marcelo entende que Relvas deveria ter deixado o cargo “pelo seu próprio pé”.

Marcelo justificou esta opinião (que emitiu ontem no habitual comentário que assina na TVI) com o facto de Miguel Relvas estar “descredibilizado”, depois da polémica suscitada pela relação de proximidade com Jorge Silva Carvalho, ex-espião.

“Como é que os portugueses podem acreditar num ministro que não se recorda se esteve ou não sentado à mesma mesa com uma pessoa importante, a discutir negócios?”, questionou Marcelo Rebelo de Sousa, na TVI, durante o comentário semanal do social-democrata.

A posição de Passos Coelho – que procedeu à defesa de Relvas, no Parlamento – também não convence Marcelo. Pelo contrário. “Miguel Relvas passou a ser um peso nas costas do primeiro-ministro”, sublinha ainda Marcelo Rebelo de Sousa.

“Como é que tem duas versões diferentes do mesmo caso? E quantas mais versões haverá? Não se trata de um problema de ilegalidade, mas de credibilidade. E não se torna fácil acreditar numa história quando se ouve duas versões tão diferentes, num espaço de oito dias, sobre uma questão de explicação fácil”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Marcelo entende que a credibilidade do Governo sai afetada com este episódio e que o problema deveria ter sido sanado por intervenção de Relvas, abandonando o executivo. Mas esse problema ganhar maior dimensão pelo facto de o primeiro-ministro ter decidido manter sobre as costas o peso de uma polémica incompreensível.

“Relvas deveria ter pensado se não está a criar um problema ao primeiro-ministro”, argumentou Marcelo, que entende que quer o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares como o primeiro ministro provavelmente “acham que as pessoas se esquecem” do caso.

No entanto, avisa o professor, “no final, isto terá um preço”. Resta saber os desenvolvimentos do caso: “Vamos ver quais serão as consequências”.

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