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Marcelo reage à polémica do recenseamento

Ainda na ressaca de mais um ato eleitoral, muito se tem discutido sobre o modelo de recenseamento com opiniões favoráveis e desfavoráveis. Uns entendem que devia ser permitido manter o local de voto de origem, outros defendem a mudança automática quando se muda de residência. Marcelo Rebelo de Sousa vota em Celorico de Basto mas a sua residência habitual é em Cascais (ainda que agora, oficialmente, resida no Palácio de Belém). O Presidente da República deixou a sua opinião quanto a esta polémica e diz “não ver razão para mudar”.

“Desde 1997, altura em que me candidatei à Autarquia de Celorico de Basto, à Assembleia Municipal, estou recenseado lá. Fiz dois mandatos e lá fiquei recenseado. É lá que voto. Tenho inúmeras ligações a Celorico”, começa por argumentar Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações ao Jornal de Notícias.

O chefe de Estado aponta ainda as ligações que tem com a localidade do interior do concelho de Braga.

“Desde 2001 sou consultor, a título gracioso, da Biblioteca Municipal. Já doei cerca de 200 mil volumes. Fui dirigente, e agora sou apenas sócio, da Misericórdia de Britelo. Sou dirigente e membro da Casa do Povo. Sou membro e já fui dirigente dos Bombeiros. Portanto, mantenho uma ligação constante a Celorico, que não tem a ver com o bilhete de identidade. O meu bilhete de identidade é vitalício, provavelmente terminará aos 70 anos, veremos… O bilhete de identidade foi emitido já depois de estar recenseado e de ter o cartão de eleitor de Celorico”.

Nem todos têm essa possibilidade

A verdade é que nem todos os cidadãos conseguem manter o local de voto para os seus locais de origem e onde têm as suas raízes.

“A lei permite várias residências ou domicílios. Em Lisboa não tenho, tenho em Cascais. Optei por Celorico naquela altura e não vejo razão para mudar. Mantive sempre uma grande ligação a Celorico em termos autárquicos nas eleições subsequentes, não sendo candidato, mas como mandatário ou como interventor cívico. Agora não, desde que sou presidente da República.”

O modelo de recenseamento voltou a ser falado nos últimos tempo em virtude das eleições autárquicas, que se realizaram no passado domingo.

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