Economia

Marcelo “estupefacto” com notícia de que Novo Banco precisa de mais capital

Marcelo Rebelo de Sousa não escondeu a surpresa por saber que o Novo Banco vai precisar de injeções “suplementares” de dinheiro público, como avisou o presidente executivo do banco, António Ramalho.

“Eu não costumo comentar casos concretos de vida de instituições bancárias. Portanto, eu ouvi a notícia, fiquei estupefacto com ela, mas verdadeiramente não comento esse tipo de notícias, para não estar a entrar na situação concreta de instituições financeiras”, afirmou Marcelo, quando questionado pelos jornalistas sobre a declaração do presidente do Novo Banco, depois de ter dado uma aula pela telescola

Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, ontem divulgada, António Ramalho avisou que “a deterioração da situação económica leva a necessidades de capital ligeiramente suplementares” às que estavam programadas e que foram comunicadas ao Fundo de Resolução.

Desde 2017, o Novo Banco já recebeu 2978 milhões de euros para recapitalização, no âmbito do acordo firmado quando o banco foi vendido ao fundo Lone Star (em 2017), dos quais 2130 milhões de euros foram de empréstimos do Tesouro.

O acordo da venda ao Lone Star determina que o Fundo de Resolução tem de compensar o banco por perdas em ativos com que ficou na sequência da resolução do Banco Espírito Santo.

Sem capacidade para essas injeções de dinheiro, o Fundo de Resolução, entidade financiada pelos bancos que operam em Portugal, pede anualmente dinheiro ao Estado, em empréstimos a devolver ao longo de 30 anos.

Na mais recente injeção de dinheiro no Novo Banco, 850 milhões dos 1037 milhões de euros vieram diretamente do Estado.

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