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Marcelo espera presidência “africana forte” da CPLP após Cabo Verde

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje esperar que a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) tenha, a partir de 2020 uma presidência “africana forte”, que dê continuidade à atual presidência de Cabo Verde.

Em declarações aos jornalistas, num hotel em Santa Maria, na ilha do Sal, Cabo Verde, onde hoje à tarde terá início a XII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre a pretensão da Guiné Equatorial de assumir a presidência rotativa desta organização em 2020.

“Eu não queria também, por uma razão diplomática, estar a pronunciar-me sobre isso – diplomática, neste sentido: sobre essas matérias fala-se no quadro da cimeira, e não antes ou à margem da cimeira”, começou por afirmar o chefe de Estado português.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou: “Eu espero é que haja uma solução que dê continuidade a esta presidência, que é uma presidência forte [de Cabo Verde] e que haja, portanto, uma presidência forte. E, muito provavelmente, africana”.

O Presidente português salientou que “houve a presidência brasileira agora, houve a presidência timorense imediatamente antes e houve uma presidência portuguesa não muito longínqua. E vamos ver se isso se concretiza”, e concluiu: “Se se concretizar, é outra boa notícia”.

Interrogado se estava a referir-se a uma presidência de um país africano de expressão portuguesa, tendo em conta que a Guiné Equatorial também é africana, Marcelo Rebelo de Sousa riu-se e respondeu: “Não queria entrar nesse pormenor. Africana forte”.

Criada há 22 anos, a CPLP tem atualmente nove Estados-membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné Equatorial – cuja adesão, em 2014, criou polémica.

Nesta XXII Cimeira, que decorre até quarta-feira, em Cabo Verde, vai ser eleito o Secretário Executivo da CPLP para o biénio 2019-2020, cargo ao qual Portugal apresenta como candidato o embaixador Francisco Ribeiro Telles, para suceder à são-tomense Maria do Carmo Silveira, cujo mandato termina no final deste ano.

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