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“Marcelo é Presidente da República ou servo da Igreja?”

“Marcelo Rebelo e Sousa devia renunciar. Já”, desafia comentadora

O Presidente da República está a ser criticado por conta de declarações prestadas por causa dos abusos na igreja portuguesa.

Na sequência dos dados divulgados pela Comissão Independente, que anunciou que são 400 os casos reportados em Portugal desde janeiro, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que valor não é “particularmente elevado”.

“Haver 400 casos não me parece particularmente elevado porque noutros países com horizontes [temporais de investigação] mais pequenos houve milhares de casos”, disse o Presidente da República, citado pelo Observador.

Ao mesmo tempo, o chefe de Estado destacou ainda que estas situações obrigam “as instituições a reverem-se”.

“Todas as instituições que tenham comportamentos que se venham a provar criminosos estão obrigadas a fazer uma revisão de vida”, aconselhou Marcelo Rebelo de Sousa.

Estas declarações estão a provocar muitas reações de condenação ao Presidente da República e da esquerda à direita o espetro político português exige um pedido de desculpas por parte de Marcelo Rebelo de Sousa.

Primeiro-ministro solidário com Marcelo

António Costa colocou-se ao lado do Presidente da República e diz que está a ser feita uma “interpretação inaceitável” das palavras do chefe de Estado.

“Quero expressar a minha total solidariedade com o Presidente da República, mais concretamente, com o professor Marcelo Rebelo de Sousa, pela interpretação inaceitável que tem sido feita das suas palavras”, referiu o líder do governo.

Costa disse ainda que os portugueses conhecem o presidente que têm. “Eu conheço-o, todos nós conhecemos bem o Presidente da República, portanto, todos sabemos que para uma pessoa como o professor Marcelo Rebelo de Sousa, um caso que fosse, seria absolutamente intolerável, como é para o conjunto da sociedade”, disse o primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas.

Uma das mais fortes críticas chegou por parte de Joana Amaral Dias, antiga deputada do Bloco de Esquerda.

Para a comentadora esta “já longa pouca-vergonha presidencial” tem de “parar de imediato”.

“Marcelo Rebelo e Sousa devia renunciar. Já! Devia abdicar e pronto, dedicar-se às viagens. Aplaudir auroras boreais, colecionar maravilhas do mundo, embarcar nos mais românticos passeios de comboio de sempre, juntar conchinhas na praia. “

Joana Amaral Dias deixa uma questão ao líder português. “É Presidente da República ou servo da Igreja?”, questiona a ex-deputada que se mostra muito desagradada com aquilo que chama de “miséria moral”.

“Ei-la em Belém, com todo o seu visco e fedor”, atirou Joana Amaral Dias.

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