No comentário na TVI, Marcelo Rebelo de Sousa garante que o défice de Portugal não ultrapassará os 5,3 por cento, o que significa que as metas acordadas pelo Governo e troika, de 5,5 por cento, serão cumpridas. O professor diz que o Governo quer guardar a informação para fevereiro, usando-a como trunfo para negociar o programa cautelar.
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu ontem, no seu comentário semanal na TVI, que o Governo vai cumprir a meta do défice acordada pela troika e que se situa nos 5,5 por cento, em 2013.
“O défice deste ano vai ser menos do que 5,5 por cento. E o Governo sabe disso e está a guardar [a informação], até para efeitos internacionais, para finais de janeiro ou fevereiro, numa altura em que é fundamental para preparar o programa cautelar”, disse o comentador.
Marcelo Rebelo de Sousa realça que o ministério das Finanças “não confirmou” o cumprimento do défice, mas salienta o professor que “Miguel Frasquilho quase confirmava”.
Hoje, no entanto, confrontado com a declaração de Marcelo, o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional não confirmou. “Não tenho o mínimo indicador que me permita confirmar esse número”, afirmou Poiares Maduro.
Marcelo Rebelo de Sousa destaca, por outro lado, que há um facto mais do que confirmado: a realidade grega é bem diferente da portuguesa.
“Aquilo na Grécia não está a correr bem e nós estamo-nos a destacar da Grécia. A perceção internacional é que a Irlanda está a fechar o programa, Portugal está a destacar-se da Grécia e a Grécia está a patinar”, defendeu o comentador.
