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Marcelo admite “não gostar” do acordo entre PSD e Chega

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu publicamente “não gostar” de ver o Chega a viabilizar um Governo liderado pelo PSD, nos Açores.

Na qualidade de constitucionalista, o chefe de Estado acrescentou que não pode travar o futuro Governo Regional açoriano, formado por PSD, CDS e PPM e que é apoiado no Parlamento da região por Chega e Iniciativa Liberal.

“Do que o representante da República nos Açores e eu vimos, não há nada que desrespeite a Constituição, pelo que pode ser viabilizada. Mas uma coisa é ter de, outra é gostar de”, disse Marcelo.

A solução governativa para os Açores “não é a ideal”, mas “era a única solução constitucional”, acrescentou o antigo líder do PSD.

Sem referir o nome do Chega, o Presidente lembrou que já tinha criticado os partidos antissistémicos.

“Disse-o em abril de 2018. Há que combater as suas ideias”, reforçou.

José Manuel Bolieiro, líder do PSD/Açores, foi indigitado presidente do Governo Regional pelo representante da República para os Açores, Pedro Catarino, no passado sábado.

As eleições legislativas regionais, a 25 de outubro, foram ganhas pelo PS, mas com apenas 25 deputados eleitos, perdendo a maioria absoluta que detinha há 20 anos.

PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representavam 26 deputados, formaram Governo após garantirem acordos de incidência parlamentar com os dois deputados do Chega e o deputado único da Iniciativa Liberal, obtendo uma maioria absoluta de direita com 29 deputados.

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