Desde terça-feira, diversos fardos de haxixe deram à costa no Algarve. A Polícia Marítima já recolheu cerca de 130 quilogramas de droga, em Lagos e Sagres. As autoridades estão a investigar a origem da droga, avaliada em 150 mil euros.

A Polícia Marítima de Lagos e a Polícia Judiciária estão a investigar a droga libertada em alto mar, que está a dar à costa, no Algarve, desde terça-feira.

De acordo com o Correio da Manhã, a Polícia Marítima já recolheu quatro fardos, que apresentam um peso que ronda os 130 quilos. No mercado, o material poderá atingir um valor de 150 mil euros.

O primeiro fardo foi encontrado na terça-feira. No dia seguinte, outro fardo de haxixe deu à costa (em Lagos, na Praia do Pinhão) e nesta quinta-feira foram recolhidos outros dois (em Sagres, na Praia do Martinhal).

As autoridades notam que há muitas semelhanças nos pacotes, quer na forma de embalagem, quer nos materiais utilizados. Suspeitam de que a origem é a mesma.

Terá caído em alto mar, em resultado de algum problema com o qual os traficantes tiveram de lidar, neste crime.

Os fardos podem ter sido deliberadamente deitados ao mar, ou poderão ter caído numa operação falhada.

Em declarações ao Correio da Manhã, Carvalho Pinto, comandante da Capitania do Porto de Lagos, explica que a ondulação terá sido responsável pela aproximação da droga para a região costeira.

O haxixe apresenta-se em bom estado de conservação e será originário de Marrocos. As autoridades suspeitam também que tenha estado no mar durante um período de duas a quatro semanas.

“As investigações continuam e estamos a fazer buscas tanto por terra como por mar, no sentido de detetar mais fardos e a sua origem”, disse também aquele comandante ao Correio da Manhã. Entretanto, a droga foi entregue à Polícia Judiciária.

Este não é o primeiro registo do género. Em 2011, ocorreu um caso de droga a dar à Costa em São Miguel, que provocou uma disputa entre moradores.

Em 2003, fardos de cocaína deram à costa na Praia de Faro e ilha Deserta. Cerca de 70 quilos de cocaína foram encontrados, depois de um popular ter feito uma denúncia.