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Maquinista que abandonou comboio para discutir com outro provocou colisão no Cairo

Uma discussão entre dois maquinistas esteve na origem da colisão de uma locomotiva contra uma barreira e subsequente explosão que provocou hoje, no Cairo, a morte de pelo menos 25 pessoas, segundo as autoridades locais citadas pela AP.

De acordo com as autoridades, a locomotiva, não tripulada, que circulava a alta velocidade, embateu numa barreira na principal estação ferroviária da capital do Egito, provocando uma enorme explosão e um subsequente incêndio que, para além dos 25 mortos, provocou ainda, pelo menos, 47 feridos, muitos dos quais de forma crítica.

As autoridades referem que o balanço de vítimas pode ainda subir.

As labaredas atingiram as pessoas na plataforma na movimentada estação de Ramsés, no centro do Cairo, e um vídeo de videovigilância mostrou o momento do impacte, quando a locomotiva abalroou homens e mulheres que ali circulavam e as envolveu em chamas e fumo.

Corpos carbonizados ficaram estendidos na plataforma e um homem com o corpo em chamas correu por uma escadaria, em pânico, de acordo com outros vídeos e fotografias publicados nas redes sociais, adiantou a AP.

De acordo com o procurador-geral egípcio, Nabil Sadek, os investigadores concluíram que o condutor da locomotiva tinha abandonado o comboio para discutir com outro maquinista cujo comboio estava a bloquear o seu.

Mas o maquinista saiu da locomotiva sem ativar os travões e o outro comboio começou a fazer marcha-atrás, libertando a locomotiva, que depois ganhou velocidade e embateu na barreira de cimento e metal, explodindo.

“O maquinista abandonou o comboio sem tomar qualquer medida para o travar”, disse Sadek.

O procurador-geral mencionou apenas 20 mortes resultantes do acidente, mas as autoridades de saúde referem pelo menos 25, para além das dezenas de feridos.

Alguns corpos ficaram irreconhecíveis e foi preciso recorrer a exames de ADN para determinar a sua identidade.

O maquinista que abandonou o comboio está a ser interrogado e Sadek adiantou que as investigações prosseguem.

O acidente mortal levou já à demissão do ministro dos Transportes, Hirsham Arafat, que resignou, segundo um comunicado do Governo egípcio.

O primeiro-ministro, Mustafa Madbouli, prometeu punições severas para os responsáveis pelo acidente.

O sistema ferroviário egípcio tem um historial de equipamentos com baixa manutenção e má gestão e os números oficiais mostram que em 2017 houve 1.793 acidentes de comboio no país.

O mais mortífero dos acidentes aconteceu em 2002, quando 300 pessoas morreram após irromper um incêndio num comboio de alta velocidade que viajava do Cairo para o sul do Egito.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: Egitohome

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