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Manuel Monteiro: “Andamos entretidos no baile e o soalho está roto”

manuel_monteio_joaquim_jorge_900O Clube dos Pensadores no seu 110.º debate, recebeu nesta quinta-feira, Manuel Monteiro, ex-líder do CDS e fundador do Partido da Nova Democracia, com a presença de António Tavares, provedor da SCMP. A primeira vez foi há 10 anos.

Manuel Monteiro defende que Marcelo Rebelo de Sousa está a fazer um bom trabalho, mas corre o risco de estar a adormecer os cidadãos para os problemas sérios do país. “Andamos muito entretidos no baile e não estamos preocupados com o facto do soalho estar roto”.

Começa por referir que não é fácil, a partir do norte, ter uma capacidade de intervenção e afirmação que o Clube dos Pensadores e o seu fundador Joaquim Jorge conseguem ter.

Sobre o sistema político afirmou que temos que ser proativos e acreditar que melhores dias virão mas que não podemos ignorar os problemas.

Na sua opinião, Portugal e a Europa vivem um período dramático e uma crise profunda de credibilidade da democracia.

As taxas de abstenção são crescentes, o que é preocupante. Manuel Monteiro defende também que o quadro de representatividade deveria ser calculado em função dos participantes e não no número dos que podem votar.

Para Manuel Monteiro o sistema está criado para sustentar as máquinas partidárias.

Deixa claro que não está a caminho de nenhum partido nem de qualquer atividade partidária e  que continua a ser um conservador.

Afirma que nos dias de hoje, a dicotomia direita e esquerda não corresponde á essência e que não há democracia sem debate ideológico.

Admite que o partido que criou (Nova Democracia) foi um erro e que não quer voltar a ser líder do CDS.

“Portugal não está preparado para uma III Guerra Mundial e está na hora de pôr em cima da mesa a eventualidade do serviço militar obrigatório”.

Sobre as eleições presidenciais, confessa que não votou Marcelo Rebelo de Sousa e que simplesmente não votou. Embora se sinta envergonhado pela sua abstenção, sentiu uma nostalgia tão grande em relação ao sistema que deu com ele a abster-se.

Considera que Marcelo Rebelo de Sousa está a fazer um bom trabalho mas corre o risco de estar a adormecer os cidadãos para os problemas sérios do país. “Andamos muito entretidos no baile e não estamos preocupados com o facto do soalho estar roto”-

Alerta para o facto de em países com democracias consolidadas, existirem manifestações preocupantes anti-democracia e que a UE não fala a uma só voz! É apenas uma associação que tem no seu meio, sócios que defendem os seus próprios interesses.

Em relação a Assunção Cristas, parece-lhe uma pessoa de valor mas para se afirmar como líder, ele se estivesse no lugar dela, tentaria juntar na mesma mesa Freitas do Amaral, Paulo Portas e o próprio Manuel Monteiro.

Termina afirmando que foi contra a adesão de Portugal ao Euro e que sempre defendeu candidaturas independentes.

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