Categorias: Nas Notícias

Manifestantes em Hong Kong excederam limites

O Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado chinês condenou hoje as ações dos manifestantes contra as emendas à lei da extradição, em Hong Kong, considerando que “excederam os limites aceitáveis”.

O porta-voz do Gabinete, Yang Guang, apelou a todos os setores da sociedade da região administrativa e Hong Kong para que “se oponham claramente à violência”, “defendam fortemente o Estado de direito” e saiam do impasse político para se concentrarem no desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida no território.

“Nós entendemos e simpatizamos especialmente com a tremenda pressão sentida pela polícia e as suas famílias”, acrescentou Yang, destacando o apoio de Pequim às forças de segurança de Hong Kong.

O porta-voz alegou que “algumas pessoas e meios de comunicação, com segundas intenções” aproveitaram a falta de familiaridade do público com o sistema legal da China, para incitar à oposição contra a proposta de alteração da lei de extradição, apresentada pelo Governo local.

“Se Hong Kong continuar no caos, terá um custo para a sociedade”, lembrou.

Questionado sobre a noção de desobediência civil, Yang afirmou que “violência é violência” e que “quebrar a lei é infringir a lei”.

A porta-voz Xu Luying disse que o Governo central “apoia plenamente” o trabalho feito pela chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, e que continuará a apoiá-la e à sua administração, para que governe a região em conformidade com a lei.

“Vimos que a administração tem refletido sobre si mesmo”, acrescentou.

A contestação nas ruas, que dura há sete semanas, foi iniciada contra uma proposta de lei que permitiria ao Governo e aos tribunais da região administrativa especial chinesa a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental.

A proposta foi, entretanto, suspensa, mas as manifestações generalizaram-se e denunciam agora o que os manifestantes afirmam ser uma “erosão das liberdades” na antiga colónia britânica que é atualmente uma região administrativa especial da China.

A transferência de Hong Kong e Macau para a República Popular da China, em 1997 e 1999, respetivamente, decorreu sob o princípio “um país, dois sistemas”, precisamente o que os opositores às alterações da lei garantem estar agora em causa.

Para as duas regiões administrativas especiais da China foi acordado um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judiciário, sendo o Governo central chinês responsável pelas relações externas e defesa.

Lusa

Partilhar
Publicado por
Lusa
Etiquetas: China

Artigos relacionados

Portugal é o sétimo país europeu mais atrativo para investir em hotelaria

O estudo ‘2024 European Hotel Investor Intentions Survey’, levado a cabo pela CBRE, concluiu ainda…

há % dias

Euro Dreams resultados: Chave do EuroDreams de quinta-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

3 de maio, nasce Maquiavel, que combate a ética cristã

Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, Itália, a 3 de maio de 1469. Historiador, poeta, diplomata…

há % dias

2 de maio, morre Leonardo da Vinci, o maior génio da História

Leonardo da Vinci recorda-se a 2 de maio, dia da morte do maior génio da…

há % dias

Ciberataques ao setor financeiro aumentaram 53% devido ao aumento dos serviços bancários online

O relatório Threat Landscape Report, da S21sec, garante que os atacantes adaptaram as suas técnicas…

há % dias

Números do Euromilhões de hoje: Chave de terça-feira, 30 de abril de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 30 de…

há % dias