As duas principais cidades do País vão acolher outras tantas manifestações, contra o pacote de medidas negociado com a troika, que impõe mais austeridade. A CGTP chama a população às ruas de Lisboa e Porto, para protestar contra um “mau acordo”. A Fenprof aderiu e chama os professores à luta.
A CGTP justifica estas manifestações com o mais do que certo agravamento das dificuldades dos portugueses, dificuldades essas que já antes das medidas da troika se faziam sentir, que iriam ser reforçadas com o PEC 4 e que acabam por aumentar com a presença do FMI em Portugal. Nesse sentido, a central sindical apela a uma participação em massa por parte dos trabalhadores, “contra as injustiças sociais”.
“É preciso mobilizar os portugueses para um protesto contra o memorando de acordo, que vai agravar as injustiças. É preciso agir e transformar medos em predisposições para o protesto, para que se sigam novos caminhos. Este é o objetivo das manifestações”, resume Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP.
O agravamento do desemprego e a recessão que vai afetar a economia, nos próximos tempos, poderão colocar Portugal perante a incapacidade de respeitar os compromissos assumidos com a troika. Segundo a CGTP, não estão salvaguardadas quaisquer garantias de que a fatura paga pelos portugueses terá um retorno positivo.
Quem já aderiu a estas manifestações foi a Fenprof, que lançou um apelo aos professores, para que adiram aos protestos.
