Um jogo empolgante, com uma velocidade estonteante, com poucos tempos mortos, em que se luta intensamente por uma pequena porção de espaço. O mestre, o sábio, José Mourinho venceu esta excepcional disputa, 1-0, ainda por cima em casa do Manchester City.
Para além de ser genial e meticuloso na acepção táctil e estudo do adversário ao pormenor. Jogou por fora no jogo psicológico dando de bandeira o favoritismo ao Manchester City de Manuel Pellegrini que não morre de amores por José Mourinho. Alega que o Chelsea é uma equipa em construção e que só para o ano é que é candidato ao título. A pressão passa para, o adversário, para ele próprio, e os seus jogadores descomprimem e tentam fazer o seu melhor. Todavia já está em segundo a morder os calcanhares do Arsenal de Arsène Wenger.
Compreende-se que Pellegrini não goste de Mourinho fez melhor no Real Madrid do que ele e na maioria das vezes no confronto directo perde. Wenger não aprecia o estilo de Mourinho, mas também se compreende a sua animosidade. Antes de Mourinho ir para Inglaterra os dois arqui-rivais eram o Manchester United de Alex Ferguson e o Arsenal de Arsène Wenger.
Com a sua chegada as coisas mudaram. A sua personalidade, presença, funcionando como um bulldozer em que leva tudo à sua frente, não há impossíveis e caminhos intransitáveis.
Vi um jogo fabuloso e desta vez valeu a pena, ter que pagar 10€ para ter o canal Benfica por mês. Há muito tempo que não via uma equipa num contra ataque ter quatro jogadores (Chelsea) contra um (Manchester City). Esta situação é o expoente máximo do rigor, sentido táctico e controle do jogo mesmo sem a posse da bola. Para se controlar um jogo com Mourinho não é preciso ter a posse de bola, ao contrário, do que acontece com as equipas de Pep Guardiola (Barcelona e agora Bayern de Munique).
Posso enganar-me mas se na Liga dos Campeões, o Chelsea se cruzar com o Real Madrid ou Bayern de Munique, será um jogo empolgante com desfecho imprevisível, arriscando a dizer que o Chelsea pode afastar o Real Madrid e o Bayern de Munique.
