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Mais de mil médicos respondem em 24 horas ao apelo para reforçar SNS

Mais de mil médicos responderam positivamente ao apelo lançado pelo Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, para reforçar a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde para combater o surto de Covid-19.

Em comunicado, a Ordem dos Médicos destaca que em apenas 24 horas, mais de mil médicos responderam ao apelo do bastonário.

No domingo, Miguel Guimarães apelou a todos os médicos para reforçarem a resposta dos serviços públicos ao novo coronavírus, pedindo aos que estão fora do Serviço Nacional de Saúde que também ajudem, incluindo os reformados.

Numa carta enviada a todos os médicos, o bastonário apelava ao espírito solidário e humanista dos clínicos, sobretudo aos que já saíram do Serviço Nacional de Saúde (SNS), recordando que o novo coronavírus já é uma pressão acrescida num SNS “alvo de grande desinvestimento ao longo dos últimos anos”.

“Nesta altura em que enfrentamos o surto do novo coronavírus (Covid-19), escrevo-vos evocando o nosso passado e presente, apelando à vossa colaboração direta neste desafio de saúde pública internacional, considerado pela Organização Mundial de Ssaúde uma emergência”, sublinhava o bastonário.

Na carta, Miguel Guimarães frisava que o apelo tem “uma relevância especial para os médicos que já saíram do SNS, nomeadamente, os reformados, mas também para os médicos que, estando a trabalhar no SNS, possam dar um contributo adicional, caso venha a ser necessário”.

No apelo, Miguel Guimarães dizia também que a Ordem está em contacto e a pressionar a Direção-Geral da Saúde e o Ministério da Saúde para “garantir que os profissionais de saúde tenham acesso aos equipamentos de proteção adequados e, nomeadamente, ao equipamento de proteção individual para se resguardarem durante o contacto com potenciais doentes e doentes infetados”.

O bastonário lembrava que cada médico poderá dar o seu contributo na sua área de conforto e saber, libertando outros médicos, mais especializados, para que possam dar o seu contributo específico na área do Covid-19.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos.

Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.

Segundo a DGS, há ainda 667 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Por causa da situação, o Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.

Face ao aumento de casos em Portugal, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.

Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do País, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.

Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 631 mortos e mais de 10.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

A quarentena imposta pelo governo italiano ao Norte do País foi alargada a toda a Itália.

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