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Mais de metade dos portugueses acredita que vacinas previnem doenças infecciosas

Em causa está um Eurobarómetro hoje divulgado a propósito da Semana Europeia da Vacinação, que dá conta de que 53 por cento dos 1.013 inquiridos portugueses neste estudo consideram que “sim, sem dúvida” as vacinas podem prevenir doenças infecciosas ou virais.

Já 39 por cento dos inquiridos portugueses entende que “sim, provavelmente” as vacinas podem ter este efeito, enquanto apenas 2 por cento defende que “provavelmente não” e só 1 por cento argumenta que “não, de todo”. Outros 3 por cento respondem que esta forma de prevenção “depende da doença”.

Portugal é, inclusive, o sétimo país da UE com opinião mais favorável à vacinação como forma de prevenção destas doenças, a seguir à Holanda, Finlândia, Suécia, Espanha, Malta e Dinamarca.

Incindindo sobre estas doenças infecciosas, as mais apontadas pelos portugueses como predominantes na UE foram a hepatite, a meningite, a gripe, o sarampo, a poliomielite e o tétano.

Neste Eurobarómetro, Portugal é também o terceiro país com mais respondentes que foram vacinados nos últimos cinco anos (67 por cento), apenas ultrapassados pelos finlandeses (72 por cento) e pelos alemães (69 por cento).

Entre as razões apontadas pelos inquiridos para a vacinação está a recomendação por profissionais do setor (58 por cento), seguindo-se a obrigação à luz da lei nacional (40 por cento), a sugestão por autoridades de saúde (17 por cento) ou por amigos e familiares (4 por cento) e ainda por ser necessário para viajar para determinado local (4 por cento).

Quanto aos motivos apontados por não terem sido vacinados nos últimos cinco anos, os inquiridos portugueses indicaram que isso se devia a não terem sido recomendados por profissionais de saúde (36 por cento), por estarem cobertos por vacinas anteriores (25 por cento) ou ainda por não necessitarem (20 por cento), entre outros motivos.

Os 1.013 inquiridos portugueses foram entrevistados entre os dias 15 e 25 de março deste ano.

Ao todo, na UE, foram registados 27.524 respondentes, a maioria (52 por cento) dos quais vincou que, “sim, sem dúvida”, as vacinas podem ajudar a prevenir doenças infecciosas, seguindo-se respostas como “sim, provavelmente” (33 por cento), “provavelmente não” (6 por cento) e ainda “não de todo” (3 por cento). Outros 3 por cento respondem que isso “depende da doença”.

Numa declaração divulgada juntamente com este Eurobarómetro, o vice-presidente da Comissão Europeia Jyrki Katainen vinca que a desinformação contra as vacinas é uma das “ameaças mais graves em matéria de saúde pública”.

Segundo Jyrki Katainen, isso tem levado ao “aumento nos últimos anos de surtos de doenças evitáveis pela vacinação, com consequências graves para a saúde”, por vezes, “mortes que se poderiam prevenir”.

O responsável vincou que, por isso, Bruxelas deve continuar a “aumentar a cobertura vacinal e combater a desinformação”.

Para setembro deste ano está, inclusive, marcada uma Cimeira Mundial da Vacinação, que será organizada em Bruxelas pela Comissão Europeia e pela Organização Mundial de Saúde.

“Esta é uma mensagem inequívoca de apoio político sobre os benefícios da vacinação, a importância de prosseguir a investigação a fim de obter melhores vacinas e a necessidade de garantir a igualdade de todos no acesso às vacinas”, adianta Jyrki Katainen.

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