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Mais de 62 por cento das famílias brasileiras estão endividadas

Mais de 62 por cento das famílias brasileiras estão endividadas, o valor mais alto desde março de 2015, segundo dados divulgados hoje pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Em causa estão dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada mensalmente pela CNC, que abrange dívidas com cheques pré-datados, cartão de crédito, cheques especiais, cartões de fidelização de empresas, empréstimos pessoais ou prestações do carro e seguro.

Os dados revelados hoje, relativos a março passado, também indicam que houve um aumento do endividamento das famílias brasileiras, para 62,4 por cento do total, em relação aos 61,5 por cento observados em fevereiro de 2019.

Houve ainda uma subida face aos números de março de 2018, quando o indicador alcançou 61,2 por cento do total de famílias do país.

O percentual de famílias brasileiras com contas em atraso também aumentou em março de 2019, na comparação com o mês imediatamente anterior, passando de 23,1 por cento para 23,4 por cento do total.

Houve diminuição, porém, do percentual de famílias inadimplentes – que deixaram de pagar suas dívidas – em relação a março de 2018, que havia registado 25,2 por cento do total.

O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar as suas contas ou com dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes aumentou na comparação mensal, passando de 9,2 por cento em fevereiro para 9,4 por cento do total em março de 2019.

A pesquisa da CNC mostra que embora a economia do Brasil tenha registado uma ligeira recuperação em 2018, ao crescer 1,1 por cento, as famílias ainda têm dificuldade em sustentar-se, sofrendo os impactos principalmente do desemprego, que atingiu mais de 13 milhões de pessoas segundo os dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor é apurada mensalmente pela CNC com dados coletados em todas as capitais brasileiras e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores.

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