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Mais de 12 mil utentes do Médio Tejo reivindicam abolição de portagens na A23 e A13

As Comissões de Utentes da Região do Médio Tejo entregaram hoje no Ministério das Infraestruturas um abaixo-assinado reivindicando a abolição de portagens na A23 e na A13, subscrito por mais de 12.000 pessoas, sublinhando que constituem entraves ao desenvolvimento.

Augusto Figueiredo, porta-voz do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) de Santarém, referiu que “as pessoas que vivem no Entroncamento, Abrantes, Tomar e Torres Novas são as que mais sentem” o impacto dos pórticos, considerados “um entrave físico, económico e social”.

Em outubro de 2018, as comissões já “tinham chamado a atenção dos deputados da Assembleia da República” para o facto de as autoestradas 23 e 13 contribuírem para o fluxo exagerado em itinerários principais ou estradas nacionais, por estarem construídas por cima deles.

O dirigente frisou que, tendo em conta a localização dos serviços públicos, “as pessoas continuam a utilizar as estradas nacionais, que não têm condições físicas nem estruturais para aguentar com o fluxo existente”.

“Santarém está a tornar-se um ponto negro de segurança rodoviária, onde morre uma pessoa por semana resultante de acidentes rodoviários”, lamentou.

As Comissões de Utentes da Região do Médio Tejo decidiram entregar este abaixo-assinado pessoalmente, em Lisboa, de forma a “sensibilizar para as medidas de janeiro, que tentaram mitigar, mas não resolveram o problema”.

A primeira tentativa de entregar o abaixo-assinado aconteceu por carta e foi dirigida ao anterior ministro da tutela.

De acordo com o dirigente, as assinaturas de mais de 12.000 pessoas não refletem apenas as dificuldades de acesso às unidades hospitalares no centro da região, localizadas em Abrantes, Tomar e Torres Novas.

O problema diz também respeito ao facto de as “empresas não se sentirem atraídas para se localizar na região”, explicou.

Segundo o representante, o que o Médio Tejo precisa é de permitir que todos os que querem investir, trabalhar e visitar o território o possam fazer sem que tenham de pagar portagens.

“A região está a viver uma desertificação humana por perda da capacidade de fixação e atração de nova população”, logo, “é imperioso acabar com as portagens” e “obter respostas rápidas”, concluiu.

As Comissões de Utentes da Região do Médio Tejo foram recebidas, no Ministério das Infraestruturas, pelo chefe de gabinete e pelo assessor do ministro, Pedro Nuno Santos, que, segundo os utentes, “não se comprometeu” e apontou o que já se encontra em vigor relativo às acessibilidades.

Em janeiro, o então ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, anunciou a redução de portagens para o transporte de mercadorias nas antigas Scut (autoestradas que anteriormente não tinham custos para o utilizador) e um desconto adicional de 25 por cento para as empresas dos territórios de baixa densidade.

Pedro Marques disse que as alterações entraram em vigor no início do ano, estando previstas reduções do preço de portagens para o transporte de mercadorias no interior do país até aos 80 por cento.

Lusa

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Etiquetas: lisboaPortagens

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