Mais de 100 mortos e centenas de desaparecidos no Zimbabué devido ao Idai
“Foram reportados mais de 100 mortos, mais de 200 feridos e cerca de 200 desaparecidos”, detalhou a OCHA numa nota divulgada hoje e na qual refere também que a eletricidade e comunicações permanecem interrompidas nas zonas afetadas pelo ciclone.
O exército do Zimbabué estima, no entanto, que o número de mortos pode ser o dobro do número avançado pela ONU.
Em Moçambique, o Governo atualizou o balanço para 200 mortos, segundo informou o presidente do país, Filipe Nyusi, que declarou situação de “emergência nacional” por causa da devastação de povoamentos e cidades, causada pelo desastre natural.
Nyusi divulgou estes números e declarou a situação de emergência após uma reunião extraordinária do Governo moçambicano realizada na cidade da Beira (centro), devastada em 90 por cento pelo Idai.
A ONG Save the Children disse que há cerca 100 mil pessoas em risco devido aos efeitos do ciclone em Moçambique, onde os rios estão a transbordar e a inundar grandes extensões de terra.
No Zimbabué, o número de desaparecidos ascenderá a mais de 500, segundo as estimativas do general Joee Muzvidziwa, que lidera a missão de resgate do Exército, em declarações reproduzidas hoje pelos media locais.
As vítimas do Idai, que devastou povos e cidades no sudeste de África, provocaram ainda 56 mortos no Maláui, onde a situação parece ter-se acalmado.
A diretora regional do Programa Alimentar Mundial (PAM) para a África Austral, Lola Castro, disse hoje numa entrevista telefónica com a Efe que este ciclone é um “desastre sem precedentes” na região e que os esforços da sua organização centram-se em salvar vidas.