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Mais de 100 mil pessoas esperadas em Londres numa marcha por novo referendo sobre Brexit

Mais de 100 mil manifestantes são esperados hoje numa “Marcha pelo Futuro”, partindo de Hyde Park em direção ao parlamento britânico, para reivindicar um referendo sobre o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia.

O ‘mayor’ de Londres, Sadiq Khan, a cozinheira Delia Smith e a empresária e membro do painel do programa de TV Dragon’s Den, Deborah Meaden, são algumas das personalidades que deram o seu apoio ao evento.

Na origem deste protesto está a campanha “People’s Vote’, que reivindica um Voto Popular ao resultado das negociações para o Brexit por acreditarem que o resultado será muito diferente do obtido com a campanha para o referendo de 2016 que determinou a saída britânica da UE.

O Voto Popular é uma campanha promovida por várias organizações, incluindo Open Britain e Britain for Europe, que argumenta que um novo referendo é do interesse tanto de quem votou contra como a favor do Brexit.

Uma petição iniciada pelo diário The Independent já foi assinada por quase um milhão de pessoas e o apoio público tem vindo a crescer, contando com o empenho de deputados como o trabalhista Chuka Umunna, as conservadoras Tory Sarah Wollaston e Anna Soubry, o líder dos Liberais Democratas, Vince Cable, e a deputada do partido Verde, Caroline Lucas.

Outras personalidades favoráveis incluem a atriz Lena Headey, o cantor Bob Geldof, o escritor Michael Morpurgo, o compositor e comediante Tim Minchin, os atores Dominic West e Patrick Stewart e o antigo futebolista Jamie Carragher.

Vários, como o milionário co-fundador da marca de roupa Superdry, Julian Dunkerton, o escritor Ian McEwan ou os antigos ministros do partido Trabalhista David Miliband e Peter Mandelson contribuíram com dinheiro para pagar autocarros para transportar pessoas de fora de Londres.

As negociações para um acordo de saída ordenada do Reino Unido da União Europeia estão atualmente num impasse devido à dificuldade em encontrar um entendimento para a fronteira entre a província da Irlanda do Norte e a República da Irlanda.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse na quinta-feira estar a considerar prolongar o período de transição entre a saída da UE e a entrada em vigor de um acordo que regule as relações entre o Reino Unido e o bloco comunitário para além de dezembro de 2020.

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