Economia

Maioria dos grandes bancos da zona euro tem liquidez suficiente

A grande maioria dos bancos supervisionados diretamente pelo Banco Central Europeu (BCE) “tem posições de liquidez cómodas”, apesar de alguns problemas que exigem mais atenção.

Este foi o resultado do exercício que o BCE realizou este ano aos 103 bancos que supervisiona diretamente e que publicou hoje.

O teste de resistência de 2019 da supervisão bancária do BCE foi uma análise ao risco de liquidez.

Os impactos simulados no exercício foram calibrados em relação à experiência em supervisão adquirida em episódios recentes de crise, sem nenhuma referência a decisões de política monetária.

A análise centrou-se no possível impacto que os choques de liquidez teriam em cada banco, sem analisar as causas desses choques ou o impacto de turbulências significativas do mercado.

Metade dos 103 bancos que participaram no exercício disse que podia sobreviver mais de seis meses numa situação adversa e mais de quatro meses numa situação extrema.

Perto de 90 por cento dos bancos disseram que podiam sobreviver mais de dois meses numa situação extrema. Só 11 por cento afirmaram que o seu período de sobrevivência seria inferior a dois meses.

O BCE define período de sobrevivência como o número de dias em que um banco pode continuar a operar utilizando o dinheiro disponível e garantias sem acesso aos mercados de financiamento.

Apesar da situação geral ser boa, alguns bancos podem subestimar o impacto que poderia ter nas suas posições de liquidez uma descida na sua classificação de risco, segundo o BCE.

Os períodos de sobrevivência em divisas como o dólar e a libras são mais curtos do que os calculados em euros.

O BCE vai discutir com os bancos algumas estratégias para melhorar a situação.

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