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Maior vencedor das legislativas é a Guiné-Bissau, diz líder do PAIGC

O líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, afirmou hoje que o maior vencedor das legislativas de domingo é a Guiné-Bissau e que será primeiro-ministro de todos os guineenses.

“Na condição de presidente do partido escolhido pelo povo para governar o país, na condição de próximo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, gostaria de dizer que o maior vencedor desta eleição é o nosso país”, afirmou Domingos Simões Pereira, na sede do partido em Bissau.

Domingos Simões Pereira fez o seu primeiro discurso após conhecidos os resultados eleitorais, no Salão Amílcar Cabral na presença dos jornalistas e de dirigentes do partido, enquanto milhares de apoiantes aguardavam que fosse para o palco, montado no lado lateral da sede, para festejar a vitória.

O PAIGC venceu as legislativas de 10 de março, com 46,1 por cento dos votos, mas só assegura uma maioria absoluta no parlamento com acordos eleitorais, segundo os resultados provisórios hoje anunciados.

De acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE), o PAIGC teve 47 dos 102 mandatos do parlamento, um número a que se somam os eleitos dos partidos que celebraram acordos com deputados eleitos pela Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB, o quarto mais votado, 5 deputados), União para Mudança (UM, 1 deputado) e Partido da Nova Democracia (1 deputado).

Em segundo e terceiro lugar ficaram, respetivamente o Movimento para a Alternância dos Democrática (Madem-G15, 27 deputados) e o Partido da Renovação Social (PRS, 21 deputados) que também anunciaram na terça-feira um acordo de governo, na expectativa de governarem.

O partido esperava ter conseguido 52 deputados.

“O PAIGC aceita os resultados e está preparado para governar nos próximos quatro anos, num quadro de estabilidade com os partidos aliados e todos os que defendem os princípios democráticos, colocando mais uma vez os interesses da Guiné-Bissau acima de quaisquer outros interesses”, salientou Domingos Simões Pereira.

Referindo-se ainda aos resultados obtidos pelo PAIGC, Domingos Simões Pereira disse que quem ficou “desiludido ou frustrado com a escassez de resultados” é porque não compreendeu a natureza do combate que está a ser feito.

“Mas eu quero tranquilizar, dizendo claramente que estes resultados são o resultante, depois de subtraída a instrumentalização étnica e religiosa, corrupção e até a droga”, afirmou.

Mais de 602 mil pessoas votaram domingo para escolher o novo parlamento da Guiné-Bissau entre as candidaturas apresentadas por 21 partidos políticos.

A mais recente crise política na Guiné-Bissau dura há quatro anos, desde que o Presidente, José Mário Vaz, demitiu o governo de Domingos Simões Pereira – que tinha ganhado as eleições de 2014 com maioria absoluta -, impondo uma série de governos de iniciativa presidencial que nunca contaram com o apoio do parlamento.

Lusa

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Lusa

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