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Maëlys não foi violada por Nordahl Lelandais

Os exames aos restos mortais de Maëlys Araujo, a menina lusodescendente raptada e assassinada por Nordahl Lelandais, permitem rejeitar a tese de violação. O resultado dá força aos argumentos do ex-militar, que tem alegado homicídio por negligência.

Desde que confessou os crimes de rapto e ocultação de cadáver, Nordhal Lelandais tem alegado que a morte da criança ocorreu “por acidente”, na sequência de uma pancada no rosto.

No entanto, as autoridades francesas nunca descartaram a hipótese da menina ter sido violada.

Os “detalhados exames” periciais feitos aos restos mortais de Maëlys, que demoraram cerca de três meses, rejeitam de vez tal hipótese e admitem que a menina de 9 anos terá morrido de golpes violentos na cabeça.

“Não há qualquer elemento que permita afirmar que ele tenha violado a criança”, revelou fonte ligada ao processo, citada sem identificação pela imprensa francesa.

Nos exames, foi detetada uma fratura da mandíbula, provocada por um ou mais golpes violentos.

Este resultado dá força aos argumentos apresentados por Nordhal Lelandais, nomeadamente o da pancada mortal “por acidente”, e retira força aos argumentos da acusação, pois a violação permitira enquadrar os crimes do ex-militar numa moldura penal bem mais gravosa.

“Não há outra lesão, fratura ou fissura, apesar do exame muito detalhado feito aos ossos e ao crânio”, complementou a mesma fonte.

Maëlys de Araújo, que tinha 9 anos, estava desaparecida desde 27 de agosto do ano passado, tendo sido vista pela última vez numa festa de casamento, em Pont-de-Beauvoisin.

Desde então, Nordhal Lelandais negou a autoria de qualquer crime, versão que alterou a 14 de fevereiro deste ano, depois dos exames de ADN terem comprovado a existência de vestígios do sangue de Maëlys no carro do ex-militar.

Confessando o homicídio, “por acidente”, Lelandais levou as autoridades até ao local onde tinha escondido o corpo da vítima.

Os restos mortais da criança foram então sujeitos a profundos estudos periciais.

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