Tribunal de Contas já está a investigar um novo buraco financeiro na Madeira, na ordem dos 220 milhões de euros. Segundo o jornal Público, este valor corresponde a um recente empréstimo feito pela Empresa de Eletricidade, que João Jardim terá desviado para pagar despesas de funcionamento.

O Tribunal de Contas confirmou ao diário que está já a fazer uma investigação ao novo buraco de mais de 200 milhões de euros. “A questão está a ser analisada”, mas não há “ainda conclusões”, que deverão ser contidas na próxima avaliação às contas da região.

O empréstimo à empresa pública regional foi aprovado em Assembleia Legislativa e está abrangido na proposta do segundo orçamento retificativo para este ano. A verba destinada à cedência de garantias da região, aprovada no final de junho, aumentou de 250 para 390 milhões.

Um mês mais tarde, aprovou-se um terceiro orçamento retificativo que fortaleceu em 18 milhões a quantia destinada ao pagamento de juros da dívida regional. Segundo o Público, não é a primeira vez que Alberto João Jardim recorre a empréstimos para pagar salários.

Em 2008, o líder madeirense fez um empréstimo bancário de curto prazo, no valor de 50 milhões, para pagar ordenados e subsídio de Natal aos públicos. Segundo o governo, este empréstimo efetuou-se de modo a “fazer face às necessidades de tesouraria”.

Por sua vez, “o montante (pedido em 2008) correspondia ao duplo vencimento (ordenados e o 13.º mês) a pagar, este mês, aos funcionários da administração pública regional – que representavam uma despesa de 357 milhões de euros em 2008, cerca de 24 por cento do orçamento madeirense”.